Luiza Helena Oliveira da Silva

Araguaína completa 59 anos nesta terça-feira (14) e para falar sobre a cidade, o AN conversou com alguns moradores que escolheram essa terra para viver. Alguns são nascidos e criados aqui e outros vieram de fora e se apaixonaram pela Capital Econômica do Tocantins.

Luiza Helena Oliveira da Silva, 52 anos, professora universitária. De Barra Mansa (RJ), mora em Araguaína desde 2004, quando ingressou como professora na UFT. Disse que adotou a cidade como sua e que aqui construiu muitas amizades.  Contou que gosta do clima e que não tem vontade de mudar para outro lugar. "Gosto da chuva, do sol, dos pássaros do meu quintal, das plantas (...) gosto de tomar banho de rio, gosto do cerrado".

Para ela, o ponto negativo é violência e atentou que os próprios moradores devem ter mais cuidado com os espaços públicos. "Não adianta ter um parque maravilhoso se as pessoas vão jogar lá garrafa, papel, lixo". Por fim, afirmou, "Sou feliz por estar aqui. Araguaína é uma cidade que a gente vê crescer. Tem uma boa gestão pública. Ela [Araguaína] nos dá esperança".

Antônio de Souza Poncion, 60 anos, barbeiro. Figura carimbada em Araguaína, por seu estilo cangaceiro em homenagem a Lampião. De Nova Iorque, no Maranhão e veio pra Araguaína aos treze anos. "A minha criação devo a essa linda cidade. Araguaína alavanca a cada momento e todo esforço que nós fizermos por ela é pequeno".

Emocionado, ele falou que a cidade precisa de algumas mudanças, mas que isso deve partir de cada um. "Gosto de abraçar as pessoas, dar atenção a todos que encontro e esse amor deve ser compartilhado, devemos deixar os rancores de lado e distribuir carinho e educação a todos".

Geuza Barros da Silva, 24 anos, universitária. É técnica em Contabilidade e estuda Letras na UFT. O que mais gosta na cidade é a maneira carinhosa das pessoas. "Araguaína me encanta pela receptividade, aqui tem pessoas do Maranhão, do Pará, pessoas de outros estados e o araguainense recebe todo mundo de braços abertos".

Para Geuza, a violência é o que mais preocupa. "A violência vem crescendo cada dia mais. A gente não pode ter mais segurança porque o policiamento daqui é pouco e isso contribui pra que a violência aumente. Então, é um ponto crítico que a gente tá vendo que é algo que pode ser melhorado".

Maria do Socorro Sousa Freitas, 51 anos, feirante. De Porção de Pedras (MA), mora em Araguaína há 40 anos. Tem um restaurante no Mercado Municipal há dezesseis anos que é o seu orgulho.

Conhecida como Mariazinha do Chambari, ela conta que se sente realizada aqui. "O meu trabalho atrai turistas pra cidade, pois o chambari é um prato típico e é bem reconhecido. Aqui eu trabalho feliz".  Ela ressaltou que o que mais a preocupa é o aumento da violência.

Eduardo Cardoso, 28 anos, advogado. Contou que mora em Araguaína há 15 anos. Veio para cá atraído pela economia do município. Diz ser apaixonado pela cidade e que se sente feliz por ver o seu crescimento constante. "É inegável que nos últimos anos Araguaína tem melhorado de forma espetacular". Eduardo também destacou o avanço na área educacional. "Esse é um dos principais pontos de sucesso que a cidade tem, que é a educação em nível superior. Temos várias faculdades de renome na cidade e esses cursos têm trazido muitas pessoas para Araguaína, pessoas que buscam melhor qualidade de vida e ascensão social".

Vilmar Rosa de Lima, 45 anos, médico. De Iturama (MG), está em Araguaína há 12 anos. Veio a passeio, recebeu proposta de trabalho e resolveu adotar a cidade pra viver. Vilmar diz que a cidade é excelente para empreendedores e que as pessoas são receptivas e acolhedoras. "O que me encanta nesta cidade é a solidariedade das pessoas".

O médico ressalta que Araguaína ainda precisa se adequar ao crescimento desordenado. "A principal dificuldade encontrada nesta cidade foi o número elevado de veículos, para a produção das ruas e da própria cidade, além do que muitos condutores ainda devem se adequar às normas do Detran".

Jonas Soares Pereira, 50 anos, mototaxista. É araguainense e diz que não tem vontade de morar em outra cidade. "Araguaína é uma cidade financeiramente próspera e todos que chegam aqui evoluem com ela". Apesar disso, ele acredita que os serviços de saúde necessitam de melhorias. "Tá deixando a desejar. A gente precisa de um hospital regional bem melhor do que esse que tá aí hoje".

Jonas falou que a violência tem diminuído e com a derrubada de prédios velhos e revitalização da Feirinha, acredita que a houve mais tranquilidade na cidade. "Com a destruição da Feirinha, diminuiu a quantidade de dependentes químicos que ficavam pela rua, então acredito que agora tudo ficará bem".

Aurélio Machado da Silva, 43 anos, ciclista. Ama esportes e está muito feliz com a cidade que escolheu para morar. Como atleta, expressou que o incentivo ao esporte tem aumentado de forma expressiva ao longo dos anos.

Ele considera que a Via Lago inaugurada no aniversário de Araguaína é um presente para todos e principalmente aos adeptos de algum tipo de esporte. "Lá vai ter um excelente lugar para o pessoal fazer caminhada, pedalar e praticar outros esportes em geral". O ciclista conta que os empresários da cidade precisam olhar mais para o esporte e patrocinar os atletas da terra. "Tem muito atleta, não só do ciclismo, mas de uma forma geral que tá precisando de um apoio financeiro e eu, como atleta de ponta, que participou de vários campeonatos brasileiros e Panamericanos, acredito no potencial dos atletas araguaína".