À esq., médico Andrés Sanchez e Ibsen Trindade tiveram prisão preventiva.

Os cardiologistas Ibsen Suetônio Trindade e Andrés Gustavo Sanches Esteva, presos na operação Marcapasso da Polícia Federal, foram liberados da prisão preventiva que cumpriam na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) após o pagamento de 300 salários mínimos cada um.  Os médicos são apontados como os mentores do esquema e pagaram R$ 281.100 de fiança cada, um total de R$ 562.200.

Eles estavam presos deste o dia 9/11 e foram soltos nesta segunda-feira, por volta das 22horas. O juiz também proibiu os investigados de se ausentarem das suas atividades regulares no Hospital Geral de Palmas (HGP), pelos próximos seis meses. Eles estão proibidos  de mudarem de casa sem autorização e de saíram do país. Eles terão que entregar os passaportes à Justiça.

Operação Marcapasso

Deflagrada no último dia 7 de novembro, a operação investiga um esquema de fraudes que pode ter causado prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 6 milhões, além da transferência indevida de equipamentos médicos da rede públicos de saúde de alto custo monetário para clínicas particulares da Capital.

A prisão temporária dos médicos foi autorizada pela Justiça Federal depois que o MPF apresentou denúncia contra eles e outros dezenas de empresários, profissionais de saúde e gestores públicos envolvidos em um esquema de fraude em licitações para compra de órteses e próteses usadas nos serviços de cardiologia do HGP.

Em escutas telefônicas, a Polícia Federal conseguiu identificar médicos envolvidos e até o suposto desvio de uma máquina de hemodinâmica do HGP.

Em uma das conversas divulgadas pela TV Anhaguera, Ibsen Trindade e Andrés Sanches decidem fazer um cateterismo apenas porque o paciente "tem muito dinheiro".

Ibsen Trindade: Nós estamos há nove anos trabalhando de graça aqui nós dois ó. Mas chega, nós atendemos milionários pelo SUS [...] dá uma cozinhada ele aí... Vamos fazer a galinha dar os ovinhos que tem que dar Andrés Sanches: Tá bom Para o juiz federal que autorizou as prisões da operação, o diálogo é chocante porque revela que os dois médicos tratam a vida humana como irrelevante e priorizam os negócios. (Com informações do G1-TO) Leia+

http://araguainanoticias.com.br/noticia/34203/justica-federal-decreta-prisao-preventiva-de-dois-medicos-presos-na-operacao-marcapasso/