O ato reúne colaboradores do Hospital, amigos, familiares e médicos

Colaboradores do Hospital Dom Orione realizaram na tarde desta quarta-feira (6) uma vigília em frente à Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA), onde dois diretores estão presos. Eles foram alvos da 2ª fase da Operação da Marcapasso, deflagrada pela PF nesta terça-feira, 5.  Estão presos o diretor técnico, Arnaldo Alves Nunes e o superintendente executivo Osvair Murilo da Cunha.

Marcos Magalhães Nunes, filho de Arnaldo Alves Nunes, conversou com o AN e frisou que a vigília é um ato de apoio aos dois diretores. "A ideia principal é [eles] sintam que as pessoas que conhecem, acreditam na inocência deles.  (...) Não abandonam porque acreditam na inocência." Destacou.

O ato reúne colaboradores do Hospital, amigos, familiares e médicos.  Na oportunidade, eles cantaram e fizeram oração em frente à CPPA.  O grupo estava com uma faixa com as inscrições. "Nós colaboradores do Hospital Dom Orione Manifestamos apoio aos nossos diretores".

Em entrevista ao AN, o advogado Jorge Palma, que defende  Arnaldo Alves Nunes e Osvair Murilo da Cunha, frisou que os clientes são inocentes.

-Eles foram colhidos de surpresa com mandado de prisão. Eles estão evidentemente chateados. Mas prontos a colaborar.  Já foram ouvidos, explicaram absolutamente tudo.  E a defesa tem a  mais absoluta fé e confiança na inocência deles.  E nos próximos dias, nós temos certeza essa inocência acabará sendo comprovada.

Também disse que há "equívocos" da investigação e que o delator do suposto esquema quer se livrar da prisão. Em relação ao suposto pagamento de propina, o advogado pontuou que é "especulação", do delator.  Disse ainda que os dois estão presos "injustamente" e que provarão a inocência.

-Os fatos, infelizmente, estão sendo analisados de maneira equivocada.  (...) Não há irregularidades .   (...) Quando pudermos esclarecer esses fatos e a interpretação for feita da maneira correta, nós temos a certeza que vai surgir a convicção da inocência deles. Que eles vão ser libertados. E que tudo não vai ter passado de um lamentável equivoco, de um grande pesadelo, que vai se dissipar em breve. Pontuou ao advogado Jorge Palma.

Delação

Segundo informações do delator Cristiano Maciel Rosa, os diretores do HDO teriam arquitetado um sistema destinado à aquisição de OPMEs (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), mediante o pagamento de vantagem indevida aos seus fornecedores, tudo custeado com verbas do SUS.

Na delação, Cristiano Maciel Rosa, cita que "o hospital DOM ORIONE recebia um desconto de 10% da ST JUDE, mas cobrava 100% do SUS".

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http://araguainanoticias.com.br/noticia/35350/pf-prende-superintendente-e-diretor-tecnico-do-hospital-dom-orione-em-araguaina/