Denúncia do MPE diz que farmacêutico contratou grupo de extermínio por R$ 40 mil

Os acusados da morte do jovem advogado de Araguaína Danillo Sandes Pereira, de 30 anos, serão ouvidos pela justiça no dia 1º de fevereiro de 2018, as 8 horas A audiência foi marcada pelo juiz Francisco Vieira Filho, da 1ª Vara Criminal de Araguaína.

Durante a audiência, serão ouvidas as testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE), as de defesa e o interrogatório dos acusados.

O farmacêutico Robson Barbosa Santos, de 32 anos, é apontado como mandante do crime. Os executores seriam os policias militares do Pará, Rone Marcelo Alves Paiva, João Oliveira dos Santos Júnior e o ex-militar Wanderson Silva de Sousa. Jeosafá Pinheiro, também policial militar do Pará, é apontado como autor dos tiros contra o advogado. Todos os envolvidos estão presos.

Na decisão, o magistrado indeferiu dois pedidos de rejeição das acusações e afirmou que "a denúncia foi embasada em prévias investigações policiais, devidamente relatadas no inquérito policial".

Contudo, o juiz alerta que não está totalmente provada a culpa dos acusados. "É certo que ainda é cedo para se afirmar que os denunciados, de fato, foram os autores do fato criminoso narrado nos autos. Contudo, também é certo que por meio da leitura do inquérito policial, se conclui que a denúncia não foi vazia", destacou.

O magistrado confirmou o recebimento da denúncia "porque contém os requisitos legais e narra circunstanciadamente a atuação dos denunciados, propiciando-lhes ampla defesa".

Entenda

O advogado Danillo Sandes foi executado com dois tiros na nuca, no dia 25 de julho de 2017. As investigações apontam que a vítima saiu de casa na manhã do desaparecimento afirmando que iria para Filadélfia, onde havia marcado um encontro, por telefone, com supostos clientes.

O corpo foi localizado cinco dias depois, em uma chácara a 18 quilômetros de Araguaína, em estado avançado de decomposição.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado pela recusa do advogado em ocultar patrimônio em um processo de inventário, em que apenas Robson seria beneficiado, em detrimento dos demais herdeiros. A herança está estimada em R$ 7 milhões.

O farmacêutico foi preso em Marabá (PA) no dia 28 de agosto de 2017 e os três PMs no dia 21 de setembro, na mesma cidade.