De acordo com Secretário de Estado da Saúde, hoje foram suspensas 30 cirurgias

A Cooperativa de Anestesistas do Tocantins (Coopanest) probiu aos seus profissinais de atuarem no mutirão do Governo para cabar com a fila de espera com cirurgias nos hospitais públicos do Estado. A força tarefa previa a realização de ao menos 5.547 cirurgias eletivas em 18 hospitais do Tocantins. Entretanto, com a decisão da cooperativa, todos ficam prejudicados.

Reação da Sesau

Em tom de indignação, o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, classificou como absurdo o documento da Cooperativa de Anestesistas do Tocantins determinando aos profissionais da área a não atuarem no mutirão de cirurgias eletivas, previsto para iniciar na madrugada desta sexta-feira, 13.

"Este documento é contrário ao contrato efetivado com a cooperativa, contra a liberdade do profissional, contraria a ética médica e também prejudica os pacientes. Os anestesistas têm todo o nosso respeito, mas essa atitude individual do presidente da cooperativa traz para dentro dessa discussão uma ação muito ostensiva da Secretaria de Estado da Saúde. Nós queremos fazer o primeiro Mutirão no Brasil de cirurgias durante a madrugada no país e o presidente da cooperativa está impedindo", argumentou Marcos Musafir.

O secretário da Saúde afirmou que o Governo do Tocantins entrou com uma ação no Ministério Público Estadual (MPE) e também no Conselho Regional de Medicina (CRM), para reverter a situação. "Estamos denunciando essa agressiva atitude do presidente da Cooperativa de Anestesistas do Tocantins, doutor Mário Sérgio", disse Marcos Musafir.

De acordo com Secretário de Estado da Saúde, hoje foram suspensas 30 cirurgias em razão da decisão da cooperativa. "Nós estamos aguardando uma resposta ainda hoje [sexta-feira, 13], dos órgãos de controle e, assim que possível, vamos retomar esse mutirão. Reitero que repudio esse comportamento. É inaceitável essa atitude, cirurgiões e muitos anestesistas querem operar. É importante que a população saiba que nós estamos fazendo a nossa parte e os anestesistas também, mas encontramos esse obstáculo que é a determinação do presidente da cooperativa", afirmou o gestor.

Corredor sem pacientes no HGP

O Governo entregou nesta sexta-feira, 13, a Unidade de Tomada de Decisão e a Unidade de Internação Rápida do Hospital Geral de Palmas (HGP), que irão contribuir para mais agilidade e precisão no serviço de Saúde do Tocantins para evitar o alojamento de pacientes nos corredores do hospital, oferecendo dignidade e conforto aos profissionais e principalmente aos pacientes.

Com obras, o Governo conseguiu zerar o número de pacientes nos corredores do HGP, colocando assim fim a esse problema e inaugurando uma nova fase da Saúde do Estado. "Eram 147 pacientes no corredor e 129 na tenda. Hoje, não existe mais tenda e nem pacientes nos corredores, graças à dedicação dos profissionais do HGP, da Secretaria estimulados pelo Governo do Tocantins e o empenho do governador Marcelo Miranda", concluiu o secretário.

Demanda

A especialidade com maior demanda é a Geral, com 1.669 pessoas aguardando cirurgias. Ela vem seguida pela Ortopedia (1.035), Pediátrico (984), Ginecologia (714), Cabeça e Pescoço (529), Urologia (438), Vascular (87), Mastologia (37), Otorrino (28), Plástica (24), Oncologia e Outros (2).

Das cirurgias, a maioria é de complexidade Média (5.506), seguida por Alta (473), Baixa (16) e não se aplica (2). O investimento com a implantação do Pagh-Cirúrgico é de ordem de R$ 9.302.700 para a realização das 5.547 cirurgias. O valor será custeado pelo Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, previstos para a realização de cirurgias eletivas na Programação Anual (PAS).