Armas e bens objeto de crimes são apreendidos pela Polícial em Paraíso

A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por meio da Delegacia Especializada em Investigação Criminal (DEIC), com apoio de seu Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) e da equipe de técnicos da defesa social da Casa de Prisão Provisória de Paraíso, realizam nesta segunda-feira, 16, em Paraíso do Tocantins, a operação "Intus Mali", que investiga grupos criminosos que agem sob ordens comandadas por facção criminosa de dentro da CPP de Paraíso.

Intitulada "INTUS MALI", expressão latina que significa "o mal que vem de dentro", como alusão às ordens de prisão emanadas do interior de um presídio, a Operação conta com uma equipe de 17 policiais civis, entre agentes, escrivães e delegados, e 15 técnicos da defesa social.

Durante a ação, foram cumpridos, na CPP de Gurupi, os mandados de prisão preventiva de José Elias Ferreira de Sousa, Nelson Reis de Oliveira, Daniel Freitas de Sousa e Vinicius Brasil Queiroz. Além disso, foram presos em situação de flagrância Francisco Iago Freire de Araujo, por posse de arma de fogo de uso permitido, e duas mulheres, Simone Rosa dos Santos Brito, pelo cometimento por receptação, posse de arma de fogo de uso permitido e organização criminosa, e Janielem Rocha Martins, por receptação.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados em quatro residências, foram apreendidos 02 revólveres, calibres 38 e 32, e recuperados vários objetos produtos de crime. Na Casa de Prisão Provisória de Paraíso, também foram encontrados dois aparelhos celulares ? um deles smartphone ?, além de vários carregadores de bateria para celular, armas brancas de fabricação artesanal e pequenas porções de substancias supostamente entorpecentes.

Entenda o caso

No dia 12 de março, Carlos Douglas Martins Silva e João Víctor Cunha da Silva, com uma motocicleta objeto de furto, praticaram roubo em estabelecimento comercial, na cidade de Paraíso, subtraindo aparelhos celulares, jóias, relógios e dinheiro. Durante as investigações, descobriu-se que o crime envolvia, além dos dois executores, uma organização criminosa, em que detentos faccionados, determinavam, controlavam e planejavam crimes variados, como roubos, tráfico de drogas e comercio ilegal de arma de fogo.

As investigações demonstraram o envolvimento, ainda, de Daniel Freitas de Souza, responsável por emprestar a arma de fogo utilizada no crime. Como mentores intelectuais do crime, os detentos José Elias Ferreira de Souza, vulgo "762", e Nelson Reis de Oliveira, vulgo "cabeça", determinavam o roubo e ainda exigiam a prestação de contas dos executores. Por fim, Marcos Vinicius Queiroz Brasil, "vulgo Gambá", realizou a divisão dos bens obtidos ilicitamente, cedendo sua residência para esconderijo dos demais criminosos, recebendo, como pagamento, parte dos objetos subtraídos.

Todos os investigados na operação Intus Mali serão indiciados pelos crimes de roubo e participação em organização criminosa.