Presos indiciados pela morte do detento acusado de matar o peão de rodeio em Araguaína.

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Araguaína concluiu, na tarde desta sexta-feira (20), as investigações sobre a morte do detento Marcio Vinicius Carneiro Martins. Ele foi espancado até a morte dentro de uma cela do presídio Barra da Grota no dia 20 de fevereiro de 2018.

Marcio Vinícios fazia parte do trio de suspeitos de invadir um alojamento no setor Santa Bárbara para roubar celular, que acabou resultando na morte do peão de rodeio Getúlio Santos da Silva, em junho de 2017.

Após intensa investigação, a equipe da DHPP comandada pelo delegado Guilherme Torres, apurou que os detentos, Antônio Carlos Dias da Conceição, 30 anos, Breno Raylan da Silva Rodrigues, 24 anos, Carlos Daniel da Silva Santos, 19 anos, Fabio Junior Sousa Lustosa, 23 anos, Fernando da Mota Silva, 21 anos, Alan de Oliveira Silva, 32 anos, e Edvaldo Reis dos Santos, 30 anos, planejaram e executaram a morte da vítima com requintes de crueldade.

 Ainda segundo apontaram as investigações, a morte de Marcio teria sido arquitetada por Antônio, em razão de dívidas contraídas pela vítima, em razão da compra de tapetes sem o devido pagamento aos outros detentos.

Esse comércio clandestino ocorre porque os reeducandos podem remir a pena com a produção de tapetes, na proporção de três unidades para cada dia de pena. Dessa forma, os tapetes se transformaram em moeda de troca entre os presos, utilizados para a compra de quaisquer produtos, lícitos ou ilícitos no interior da unidade.

 No caso apurado, Marcio estava ansioso em remir a sua pena o mais rápido possível e, para tanto, comprava tapetes de vários detentos, mas não conseguia dinheiro para pagar. Ele teve que ser transferido duas vezes de pavilhão em razão das ameaças que vinha sofrendo, quando, no último em que foi alocado, acabou sendo assassinado.

 Seu caso foi levado a julgamento perante um tribunal, composto por Alan, Edvaldo e Antônio Carlos (Juiz), e sua sentença executada sumariamente por Breno, Carlos, Fábio e Fernando, os quais utilizaram pedaços de pau, socos e pontapés. Todos eles, na medida de sua culpabilidade, irão responder por homicídio triplamente qualificado, pelo motivo torpe, por emprego de meio cruel, que tornou impossível a defesa do ofendido.

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