O MDB do ex-governador Marcelo Miranda decidiu neste sábado (21) suspender a convenção marcada para este domingo (22). A legenda espera que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determine novamente o retorno de Marcelo ao Palácio Araguaia.
Com essa decisão, o partido fica de fora da eleição para governador, pela primeira vez desde a criação do estado, em 1988.
Em nota assinada pelo presidente do diretório estadual do MDB, Derval de Paiva comunicou a decisão. A legenda criticou a cassação do governador Marcelo, ocorrida em março deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral-TSE. Disse que foi "injusta, arbitrária" e defendeu que "volte a reinar" a estabilidade institucional no estado do Tocantins.
"O MDB acredita no restabelecimento do mandato popular que foi legitimamente outorgado nas urnas, voltando a reinar no Tocantins a estabilidade institucional, o desenvolvimento e o bem estar social." Diz trecho da nota do partido. A decisão foi tomada por unanimidade dos presentes, a saber: deputados Nilton Franco, Jorge Frederico e Valdemar Júnior. Além de Moisés Avelino, do presidente Derval de Paiva e da Executiva Estadual.
A nota além de anunciar a desistência do partido, faz críticas à eleição suplementar a ser realizada dia 3 de junho. E justificou que esse foi o motivo para o MDB ficar de fora pela primeira vez, deste a criação do estado em 1988, de uma eleição para governo do Tocantins.
"Não concordamos com a realização das eleições suplementares, tão somente inconvenientes quanto danosas aos interesses de nossa sociedade e ainda em respeito ao sentimento público de enorme reprovação das mesmas, fica cancelada a Convenção Extraordinária". Diz o documento.
Nos bastidores, a expectativa é que o ministro Gilmar Mendes determine pela segunda vez o retorno de Marcelo ao Governo do Estado. Com isso, a eleição suplementar ficaria suspensa ou até mesmo cancelada. E Marcelo ficaria até o fim do mandato, em 31 de dezembro deste ano.
Aliados contam como certa a decisão de Gilmar. Por outro lado, Dulce Miranda se fortalece no MDB, pois ela foi contrária a maioria do partido em fazer aliança com o senador Vicentinho (PR). Enquanto marcelistas contam com a decisão de Gilmar, os demais partidos definem alianças e escolhem os nomes para governador e vice para o mandato tampão.
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