Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos.

Os casos de leishmaniose visceral (Calazar) em humanos preocupam a população de Araguaína. Segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), os casos confirmados da doença em humanos aumentaram em 18%, no comparativo entre o 1º trimestre de 2018 com o mesmo período de 2017. Já são 13 pessoas diagnosticadas com calazar.

Para intensificar o combate à doença, a prefeitura de Araguaína anunciou nesta segunda-feira (23) que as equipes vão percorrer setores onde há registro de criatórios de galinhas.

Segundo o CCZ, os galinheiros são potencialmente perigosos para a proliferação do mosquito Palha, transmissor da doença, porque ele deposita suas larvas na matéria orgânica das aves.

De acordo com o coordenador municipal da Vigilância Sanitária, Cláudio Aguiar, os donos de galinheiros terão um prazo para retirar as galinhas, caso isso não aconteça no tempo determinado, serão multados. "Aves não podem ser criadas na zona urbana, porque elas servem de alimento para o mosquito", explicou.

Através de denúncias, as equipes catalogaram 242 endereços com presença de galinheiros. Os setores com maior número são: Maracanã, Carajás, Eldorado, Itapuã, Couto Magalhães, São João, Noroeste, Setor Brasil, Barros e JK.

Calazar em humanos

Enquanto em 2017 foram 11 casos confirmados nos primeiros três meses do ano, em 2018 já somam 13 casos. O ano de 2017 finalizou com um total de 42 casos e um óbito.

Animais

Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Estes cães infectados se tornam fontes de infecção para o inseto transmissor "mosquito palha", e, portanto, um risco à saúde de todos. A única forma de detectar a infecção nestes animais é através dos exames de laboratório específicos.

Em animais, no ano de 2016 foram 2.342 casos confirmados, o que representa 29,6% dos 7.922 exames realizados. No ano passado foram registrados 2.312 casos positivos em cães, número que representa 28,1% dos 8.209 exames realizados. Se comparados os casos confirmados, foi registrada a redução de apenas 1,3% no comparativo do número de casos positivos nos dois anos. (Com informações da Ascom Prefeitura de Araguaína)