No dia 30 de abril se comemora o Dia do Ferroviário -Pátio da Ferrovia Norte Sul em Araguaína.

Acostumado ao trabalho nos trilhos que cortam os interiores e as cidades, o ferroviário faz parte de uma profissão bastante presente no ideário das pessoas. O apito do trem, o barulho e os horários das composições rompendo os trilhos têm embalado músicos clássicos e populares, poetas, escritores, pintores e artistas de todas as categorias. Na rota do trem, existem sempre sonhos e surpresas.

No dia 30 de abril se comemora o Dia do Ferroviário, uma homenagem a todos aqueles que trabalham nas estradas de ferro. A data remete à inauguração da primeira linha ferroviária do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, que tinha mais de 14 km de extensão, ligando o Rio de Janeiro até Raiz da Serra (RJ).

Tantas histórias ainda fascinam aos que passeiam na charmosa Maria Fumaça, que remonta, até hoje, épocas áureas vividas nos trilhos da ferrovia Minas-Rio. Com uma perspectiva de desenvolvimento, as ferrovias ganham pujança ao contribuir para o desenvolvimento, transformando a logística do país. Por trás dessa engrenagem, além dos trilhos, estão os casos daqueles que participam para que as ferrovias brasileiras funcionem todos os dias.

Trajetórias

Trajetórias que  começam  a ser passadas de geração para geração, como um legado de família ou que os que se iniciam de  forma despretensiosa, como é o caso do  operador de  veículos ferroviários, Edivane da Silva, 29 anos de ferrovia. Ele começou como operador de manutenção na Estrada de Ferro Carajás (EFC),no Pará e, na medida que percorreu os trilhos em direção à região central do país, mais cresceram os desafios.

O trabalho dele é percorrer  trechos da FNS dirigindo  caminhões rodoferroviários ou locomotivas auto de linha, que passam à frente das grandes composições para  liberar e  inspecionar a área ou transportar equipamentos e trabalhadores para manutenção no campo.

Em alguns momentos, Edivane Silva exerce o papel de batedor para cargas mais perigosas, como combustíveis. "O mundo de uma ferrovia é muito rico. São atividades dinâmicas, diferentes, mas que exigem muitas responsabilidades também", destaca.

Outro dia, ele conta, estava no trecho quando se deparou com uma onça. Acostumado a encontrar animais no meio do caminho como raposas, veados, tamanduás bandeira, se surpreendeu com o felino. "Acho que ele se assustou mais comigo do que eu com ele  pois logo debandou ", brincou.

Edivane Silva trabalha no Posto de Araguaína e atende o trecho que corresponde aos municípios de Porto Franco (MA) e Araguaína. Ano que vem, já está com tempo para aposentar-se, mas já avisou ao chefe "que não vou largar o posto". O motivo, ele atribui a um só: a paixão pela ferrovia. "É um trabalho que te pega pela emoção, pelo amor por que se faz".

Emoção que inspira e que motiva. Assim, o oficial de via permanente, o Júnior Meneses, se prepara para em breve apresentar para a equipe da Manutenção     a música que compôs para falar de segurança nos trilhos. Ele é cantor gospel e trabalha no trecho de Miracema do Tocantins, onde integra a equipe dos que cuidam dos 90 km entre Miracema e Porto Nacional. "Ser ferroviário é um privilégio. Quando vejo a quantidade de cargas sendo transportadas, penso na grandiosidade dessa profissão. Essa dimensão do nosso trabalho é inspirador". conclui

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no País, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais           ? em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Escolhida como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar pela revista Você S/A, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.