Infestações pelo molusco vêm sendo registradas em diferentes regiões de Araguaína.

O acúmulo de lixo, mato alto ou entulho, além da umidade, favorecem a reprodução de algumas espécies, dentre elas, o caramujo, molusco considerado uma praga agrícola e urbana por se alimentar de plantações e infestar lugares onde há presença de matéria orgânica.

Em Araguaína, tem sido comuns os registros de infestações pelo molusco. A espécie de caramujo mais encontrada na cidade, de acordo com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Henrique Xisto, é o caramujo africano, inserido no Brasil na década de 1980 para substituir o escargot.

Hermafroditas, os caramujos se reproduzem rápido, podendo fazer até cinco posturas por ano, cada uma contendo entre 50 e 400 ovos.

Riscos à saúde

O caramujo pode oferecer risco à saúde pública, já que a gosma liberada por ele pode transmitir verminoses aos humanos, por meio da contaminação de frutas, legumes e verduras. Além disso, é o hospedeiro natural do verme causador da meningite eosinofílica.

O caramujo é considerado ainda um responsável indireto pela proliferação do mosquito Aedes aegypty, causador da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela, isso porque, no período chuvoso, a concha abandonada pelo molusco morto pode encher-se de água e tornar-se um criadouro.

Como combater o molusco

O combate à praga requer controle do ambiente que funciona como abrigo e alimentação para eles. Para isso, a recomendação é dar destinação correta ao lixo e manter os lotes capinados.

Em caso de infestação, a orientação do CCZ é que o morador recolha o molusco, protegendo as mãos com luvas ou um saco plástico, e o coloque numa lata, balde ou bacia contendo solução de água sanitária ou cloro, na proporção de 3 x 1, ou seja, três partes iguais de água para uma de cloro ou água sanitária.

A solução de cloro ou água sanitária também pode ser utilizada para desinfetar o solo, pois os ovos ficam depositados a cerca de um centímetro de profundidade.

"É comum que as pessoas utilizem sal para mata-los, mas esse não é o método mais recomendado, já que não garante a eliminação dos ovos e prejudica o solo", explicou Henrique Xisto.