O evento foi realizado na manhã de hoje, 18, com início na Praça das Nações

Uma intervenção cultural com apresentações musicais, coral Canto Livre e teatro marcou o encerramento da 16ª semana da Luta Antimanicomial em Araguaína. O evento foi realizado na manhã de hoje, 18, com início na Praça das Nações. Após o ato público na praça, os participantes seguiram em passeata por algumas ruas do Centro da cidade, com balões e cartazes levando mensagens de conscientização sobre o tema.

"O que mata é o preconceito"; "Liberdade é o maior cuidado"; "Saúde não se vende, loucura não se prende", eram algumas das mensagens nos cartazes expostos na Praça, que chamavam a atenção de todos que passavam pelo local.

Francisco Rosa, paciente do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS/AD) participa do coral Canto Livre e está em tratamento há oito meses. "Eu estou muito feliz, lá encontrei apoio. Eu era casado e separei, aí caí novamente no mundo das drogas, porque já tinha sido dependente antes, mas, com o apoio do CAPS, me sinto mais forte e vejo uma luz", contou.

Participaram da manifestação usuários da Rede de Atenção Psicossocial, estudantes dos cursos de Psicologia da Faculdade Católica e do Centro Universitário ITPAC (Unitpac) e trabalhadores da área da Saúde.

Peça Teatral

Estudantes de psicologia apresentaram a performance "Entorpecido". "Abordamos a medicalização, a apropriação que os médicos têm sobre os corpos das pessoas, com a aplicação de medicamentos. O uso de drogas pela sociedade, lícita ou ilícita", explicou o estudante Lucas Pereira.

30 anos de luta antimanicomial

O Movimento da Luta Antimanicomial nasceu em 1987 para combater o modo de tratamento das pessoas consideradas, à época, como diferentes.

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial é celebrado em 18 de maio e foi instituído para marcar as mobilizações em torno do fechamento de manicômios, a mudança do modelo de cuidado realizado junto aos pacientes.