Secretário da Segurança Pública que afirmou que o restante das nomeações sairia até a última sexta, 11.

Mesmo após o governador interino Mauro Carlesse ter afirmado em evento público que iria convocar, até sexta-feira da semana passada, os aprovados no concurso da Polícia Civil, o Estado não cumpriu a promessa e os 156 remanescentes do certame continuam sem uma data definitiva sobre as convocações.

Também na semana passada, o próprio Secretário de Estado da Segurança Pública, Deusiano Pereira de Amorim, em reunião com representantes da Comissão dos Candidatos Aprovados, disse que a Secretaria de Planejamento estaria fazendo um levantamento financeiro para que todos os remanescentes fossem chamados até a data prometida pelo governador.

Com a mesma promessa, o deputado estadual Wanderlei Barbosa, que é candidato à vice de Mauro Carlesse na eleição suplementar, reforçou a necessidade do Estado de se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal, contudo garantiu que é uma necessidade do Estado convocar os aprovados. "É um desejo do governador de chamar rapidamente os aprovados que ainda não foram convocados para assumirem os seus postos como efetivos nos quadros do Estado, como é o caso do concurso da Policia Civil e da Cidadania e Justiça".

Na época da entrevista, Barbosa também afirmou que eles seriam chamados ainda na semana passada, porém, o Estado privilegiou apenas um grupo e somente os aprovados no concurso da Defesa Social tiveram anunciada a realização de curso de formação aos candidatos excedentes, porém também sem previsão para execução deste curso.

"Eu não entendo como funciona essa escolha do governo, nem tampouco suas prioridades diante da Administração Pública. Nosso concurso foi realizado em 2014 e estamos vivendo à base de promessas.  Nós estamos aptos a trabalhar na segurança Pública, uma pasta essencial para o bom funcionamento da sociedade", questiona Ronivaldo Veloso Pugas, aprovado para perito no concurso da Polícia Civil.

Força Tarefa

Assim que assumiu o governo, no início de abril, Carlesse garantiu iria criar uma Força Tarefa de combate à criminalidade no Tocantins. A ação, segundo ele, seria para reduzir os autos índices de violência que o Estado tem apresentado nos últimos anos no cenário nacional.

Mas até agora nenhuma medida efetiva, que poderia incluir a convocação dos aprovados como meta, foi realizada. "Estamos a poucos dias diante de uma eleição suplementar, que irá escolher um novo representante do Executivo e ainda não temos nada definido sobre nossas nomeações. O nosso medo é que mais um governo deixe esse certame de lado. E quem sai perdendo com isso não é só os aprovados, mas toda a sociedade, que tem um efetivo menor nas delegacias, o que implica em menos investigações. Isso sem contar todo o dinheiro que foi gasto no curso de formação de todas essas pessoas que estão na lista esperando convocação", observa o aprovado.

No momento ainda faltam ser convocados 37 peritos, 40 delegados e 78 escrivães. Todos os aprovados já fizeram o curso da formação na Academia de Polícia e estão preparados para serem empossados.

Estado

Através de sua assessoria  de comunicação, a Comissão dos Aprovados no Concurso da Polícia Civil entrou em contato com o Estado para buscar um posicionamento do Governo a respeito das nomeações, porém, a Secretaria de Comunicação (Secom) não respondeu a solicitação dos remanescentes.

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