Confusão durante ocorrência policial em Araguaína.

Uma mulher levou puxão de cabelo e uma rasteira ao ser imobilizada por um policial em Araguaína. O vídeo que mostra a ação está circulando nas redes sociais. Nas imagens a mulher é jogada ao chão. O caso aconteceu neste domingo (10), na Av. Filadélfia, em frente ao Atacado Campelo.

De acordo com a Polícia Civil, o homem que imobilizou a jovem é um policial militar que estava à paisana. A jovem que aparece no vídeo começa a discutir com um militar fardado. As imagens mostram ela apontando o dedo e chega a dar empurrões no militar fardado. Depois, o policial à paisana aparece por trás, agarra o cabelo da mulher e a joga ao chão. Ela levanta e novamente é derrubada, mas dessa vez com uma rasteira.

PC

O delegado da Polícia Civil, Fernando Rizério, que registrou a ocorrência disse que "a Polícia Militar informou que estava atendendo um acidente. O rapaz, que seria namorado da menina, parou no meio da rua atrapalhando o trânsito. Ele se recusou a sair e ainda xingou o policial. Nesse momento, eles derrubaram ele da moto e imobilizaram. A partir daí houve a confusão com a menina", declarou.

O delegado regional de Araguaína, Bruno Boa Ventura, informou que a mulher foi conduzida à delegacia por resistência e liberada para responder ao processo em liberdade. O delegado disse ainda que a abordagem truculenta do militar não foi relatada por nenhuma das partes. "Ela não falou nada na delegacia e os militares também não", confirmou.

O delegado justificou que a investigação desse tipo de agressão não é de responsabilidade da Polícia Civil. "A PM está autorizada a investigar estes casos em que há crime funcional de policial militar em serviço. Eles podem instaurar um inquérito policial militar para apurar isso. Não cabe à Polícia Civil investigar esse tipo de caso", explicou.

Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar esclareceu que a mulher envolvida nos fatos se encontrava "muito alterada" e foi presa juntamente com outro rapaz, por desacato e resistência, ao perturbarem e atrapalharem o atendimento de uma ocorrência de acidente de trânsito.

A respeito da agressão, a PM disse que não foi procurada oficialmente nem pela vítima, nem por qualquer procurador, e que tomou conhecimento do vídeo por meio das redes sociais.

A PM afirmou que "o Comando do 2° BPM  já determinou à Corregedoria da Unidade que analise as imagens, a fim de adotar a medida pertinente,  qual seja a instauração de Sindicância Administrativa, a fim de esclarecer melhor os fatos e verificar se houve excessos, oportunizando aos Policiais Militares envolvidos o direito constitucional da ampla defesa e do contraditório".

Confira o vídeo