Idélio Andrade Sousa foi exonerado do cargo

Após três anos como chefe da unidade prisional de Araguatins, onde alfabetizou reeducandos que passaram no Enem e colocou em prática diversos projetos de remissão de pena, Idélio Andrade Sousa foi exonerado do cargo. A decisão da Secretaria de Cidadania e Justiça foi publicada no diário oficial do estado no último dia 24 de julho.

Familiares de internos contam que foram pegos de surpresa com a notícia pois o gestor contava com o respeito e admiração de todos. "Eu cheguei até a chorar com a notícia pois o senhor Idélio é como um pai para os presos. Lá dentro os reeducandos temem uma mudança no tratamento e o fim dos projetos que foram criados" afirmou Lucia Menegueti.

Rosinete Castro, mãe de um dos reeducandos, conta que é admiradora do trabalho de Idélio. "Ele realiza um excelente trabalho social e cumpre com o seu papel profissional respeitando as pessoas sem acepção. Só sendo mesmo alguém de Deus para conseguir manter em ordem uma cadeia superlotada e ainda oferecer oportunidades para que cada um possa sonhar com um futuro melhor em meio a sociedade.

Projetos

Idelio Andrade Sousa foi responsável por implantar os projetos de remissão de pena pelo corte de cabelos, lavagem de roupas, serviço interno de carceragem, crochê e três grandes projetos desenvolvidos em parceria com o Instituto Federal do Tocantins, como o "Projeto Porta Aberta" que ganhou destaque em todo o estado devido o incentivo à leitura e recentemente a implantação de uma granja e da "Horta Força e Fé", que já é uma realidade e faz doação de verduras para outros projetos sociais na cidade.

"Sempre procurei cumprir com o meu dever prezando pelo respeito ao policial, ao interno e aos familiares e fico feliz por receber o reconhecimento do nosso esforço nesse período. Agradeço a minha chefe de segurança Nilda e aos demais companheiros pela parceria. Saio do sistema penitenciário de cabeça erguida esperando que a próxima gestão possa dar continuidade aos benefícios que proporcionamos aos reeducandos e a sociedade Araguatinense", ressaltou o Idélio.