Em entrevista à Rádio Mais FM na tarde desta segunda-feira (10) em Araguaína, o candidato ao governo Márlon Reis (REDE) criticou os adversários por não incluir no programa de Governo o combate à corrupção. Também prometeu ser rigoroso no combate aos desvios de recursos públicos.

Questionado sobre por que deixou a magistratura para se candidatar a governador, Márlon disse que como juiz não era livre para manifestar opinião política, em respeito ao código de ética da profissão.

Explicou que abriu mão da carreira e não recebe nenhum benefício, uma vez que não chegou a cumprir o prazo para se aposentar.  "Fiz isso por conta da minha vocação política. Da minha vocação para liderança, da minha vocação para convidar meu povo para mudar de rumo, para uma nova jornada".

O candidato criticou os concorrentes pela falta de programas de combate à corrupção.

"Meus principais adversários não tem projeto para combate à corrupção nos seus programas de governo. Eu chequei. Não falam nada. É um problema que talvez não exista no nosso estado, porque não mereceu no programa de governo de ninguém. Então acredito que pra eles esse problema tenha sido resolvido. Seja coisa do passado. Como diz os jovens: "Só que não". O problema é mais grave no Tocantins do que no resto do país" destacou Márlon.

O candidato afirmou ainda que seu plano de governo possui "medidas importantes e impactantes" para "mudar o Tocantins das páginas policiais para os prêmios nacionais e internacionais de exemplo de integridade, de transparência".

Para lutar contra a corrupção, disse que em seu governo vai criar a ?Secretaria Especial de Transparência e Controle". Segundo o candidato, a ideia é que a pasta atue sobre todas as secretarias para assegurar "clareza extrema" dos caminhos do recurso público. De onde ele está vindo, por onde está passando e quem está recebendo.

"[Mostrar] quem são as pessoas que têm poder de movimentar o dinheiro. Em que ponto ele está, como ele está sendo empenhado, para quem ele tá sendo pago, que empresas receberam, que montante. Nós vamos dar exemplo. O que se chama de portal da transparência aí, é fichinha perto do tamanho da transparência que nós daremos. Inclusive isso é fácil do ponto de vista tecnológico e barato. Só precisa ter vontade" assegurou. Márlon também disse ser vergonhoso ver os aviões da Polícia Federal pousar no Aeroporto de Palmas para cumprir mandados. Destacou que participou de movimentos importantes que deram destaque ao Brasil e quer fazer o mesmo pelo Tocantins. "A gente quer trazer prêmios pro Tocantins. O estado ser reconhecido por ter superado este problema [corrupção]. Passar a dar exemplo ao país, em vez de passar vergonha, ver sempre os aviões da PF pousando para buscar alguém, ou para fazer uma busca e apreensão. Então não precisamos passar por isso".   Mais informações em instantes