Imagens de câmeras de segurança auxiliaram a PC a prender o suspeito.
 

O ex-funcionário de uma empresa de produtos agroquímicos foi preso durante a operação Soy Ghost - Grãos Fantasmas em inglês - por suspeita de desviar mais de R$ 650 mil em sacas de soja. O caso aconteceu no município de Guaraí, região central do Tocantins. Para praticar o crime, Willian Cássio de Souza, de 33 anos, teria fraudado dados do sistema de armazenamento dos grãos.

A prisão aconteceu no dia 3 deste mês na cidade de Santa Helena de Goiás, mas as informações só foram divulgadas nesta quinta-feira (11) porque as investigações estavam em sigilo.

Segundo o delegado Túlio Pereira Motta, responsável pelo caso, o funcionário se aproveitava da função de diretor de armazenamento para simular a entrada de soja, através de falsos registros. "Ele colocava qualquer número de placas de veículos no sistema, para simular a descarga da soja. Depois verificamos que as placas eram de motos e carros de passeios, veículos incompatíveis com o transporte do grão". A entrada da soja era falsa, o que motivou o nome da operação.

Com a descarga falsa dos grãos, o sistema gerava um saldo positivo. Com isso, ele poderia vender a soja, sem ser notado. O delegado informou que ele usava um laranja, que vendia os grãos para multinacionais e depois lhe repassava o dinheiro. Foram vendidas 11.242 sacas, durante a fraude, o equivalente a R$ 651.859,63.

O empregado começou a trabalhar na empresa em dezembro de 2016 e pediu demissão em março de 2017, após o fim da safra, com a desculpa de que iria abrir o próprio negócio. A empresa desconfiou depois que funcionários da empresa verificaram a falta das sacas de soja.

Depois da suposta fraude, Souza abriu uma empresa em Guaraí e fez investimentos em outra empresa na cidade de Colméia. Depois, vendeu o empreendimento e se mudou para Santa Helena de Goiás, onde foi preso.