Ex-prefeito Carlos Amastha presta depoimento na CPI do PreviPalmas

O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB) depôs, nesta terça-feira (6), como testemunha na CPI do PreviPalmas, na Câmara da capital.  A investigação apura suspeita de irregularidades no investimento de R$ 50 milhões do Instituto de Previdência em fundos temerários.

Amastha se eximiu de responsabilidades e culpou ex-presidentes por eventuais irregularidades. Também negou conhecer antecipadamente possíveis irregularidades apontadas pela CPI e disse que tomou conhecimento após denúncias da imprensa.

--Saber que existe irregularidade vai ser resultado do trabalho desta Casa, da Polícia Federal e do Ministério Público. (...) Eu acho que não é momento de dizer que já existe esta falha. Não sou órgão de controle. Disse Amasha.

Por outro lado, el admitiu que o critério para nomeação do presidente do Instituto  "sempre foi articulações políticas". Dos cinco presidentes, um ele assumiu ser escolha pessoal: Marcelo Alves. Já Bruno Sevilha disse ser sugestão da Procuradoria da Capital. Os outros três foram indicados por partidos como MDB, PTC e DC.

O ex-prefeito ainda defendeu que os Institutos de Previdências devem ser administrados por profissionais especializados e com expertise na área.  E, apesar de ser prefeito na época dos fatos, Amastha se eximiu de eventuais prejuízos com a aplicação nos fundos temerários, atribuindo possíveis culpas aos presidentes.

--Dentro da gestão pública existe a composição e se governa desta maneira. Cada um tem sua responsabilidade dentro da gestão. Eu tenho certeza que nunca me eximi a cumprir a minha. Em momento algum alguém pode dizer que eu errei. Se alguém errou, certamente não foi o prefeito.  Disse Amastha ao CT.

O ex-prefeito da capital disse não ser órgão de controle, mas que ao saber das denúncias tomou providências: demitiu o diretor de investimentos na época, Fábio Costa Martins. Além disso, segundo ele, decidiu montar uma comissão para apurar o processo e depois levar o caso para Justiça.

Entenda

As aplicações do Instituto começaram a ser investigadas após o diretor de investimentos ser demitido por fazer uma aplicação de R$ 30 milhões em um fundo de alto risco. A aplicação em questão foi feita através do fundo de investimentos Icla Trust, em um projeto chamado Cais Mauá, em Porto Alegre (RS).

Trata-se do mesmo fundo de investimentos que deu um prejuízo de R$ 330 milhões ao Igeprev. A empresa se chamava NSG na época e mudou de nome após o escândalo.

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