Palácio Araguaia, sedo do Governo do Estado do Tocantins

A gestão do governador Mauro Carlesse deve iniciar o mandato com uma situação fiscal considerada confortável. É o que aponta o estudo realizado pela Tendências Consultorias Integrada, divulgado no G1, seção de economia.

Conforme o estudo, dos 27 governadores que tomam posse ou permanecem no cargo a partir de janeiro do ano que vem, seis vão começar o mandato com uma situação fiscal considerada muito boa ou boa.

O Tocantins está entre os estados com as contas públicas em boas condições, acompanhado do Amapá, Amazonas, Rondônia, Espírito Santo e Paraíba.

Os estados fornecem boa parte dos serviços básicos para a sociedade como educação, saúde e segurança pública. Hoje, sem folga no orçamento, boa parte das políticas públicas está sendo comprometida e, em alguns estados, o salário de servidores está atrasado.

Para avaliar a situação fiscal dos estados, os analistas deram notas de 0 a 10 com base em dados do Tesouro Nacional para seis indicadores das contas públicas: endividamento; poupança corrente, liquidez, resultado primário, despesa com pessoal e encargos sociais e investimentos. Cada item recebeu um peso diferente e, em seguida, foi feita uma média para cada unidade da federação.

Pelo levantamento, o Tocantins foi classificado com nota de 6 a 8. Considerado com boa capacidade fiscal. Com muito boa capacidade, a nota tem de ultrapassar 8 - o único a superar foi Amapá.

Na outra ponta, ficaram os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com as piores avaliações.

Pessoal e investimento são travas

Embora cada estado tenha características peculiares, o levantamento mostrou que as piores avaliações das administrações estaduais geralmente estão no gasto com pessoal e nos investimentos.

A dificuldade com pessoal é explicada por sucessivos aumentos concedidos para servidores ao longo dos últimos anos e gastos elevados com trabalhadores inativos ? em 12 meses, o gasto dos estados com inativos cresceu 8%. Já os investimentos são afetados e reduzidos diante da pouca margem de manobra dos governantes no controle do orçamento.

Dessa forma, segundo especialistas, a solução das contas públicas estaduais passa inevitavelmente por mudanças envolvendo os servidores, com uma ampla reforma da previdência local e mudanças no plano e na estrutura de carreira. (Com informações G1-Economia)