Delegado Romeu Fernandes durante coletiva de imprensa.

A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (29) o Inquérito da Operação Expurgo nesta segunda-feira (29) e remeteu os autos ao Ministério Público Estadual. O relatório, assinado delegado Romeu Fernandes, da 4ª delegacia de Araguaína, traz detalhes das ligações do escândalo do lixo hospitalar com a família Olinto e com o próprio deputado.

O relatório aponta o deputado Olyntho Neto (PSDB) como sócio de ao menos duas empresas suspeitas de envolvimento no escândalo do lixo.  Segundo a investigação, o parlamentar é um dos proprietários da Pronorte, empresa que detém o controle acionário da Agromaster --dona do galpão onde o lixo estava armazenado.

De acordo com o inquérito, o deputado Olyntho Neto também é dono da Luon Participações LTDA.  A empresa, segundo a PC, é uma das proprietárias da fazenda Caeté, onde a Polícia Civil encontrou lixo hospitalar enterrado. Outra citação do nome do deputado é quando se refere a Cícero Pereira da Silva.

Conforme a PC, Cícero figura como testemunha em contratos de empresas ligadas à família Olinto, mas ele seria assessor Parlamentar do deputado Olyntho Neto.  Entretanto, segundo o delegado Romeu, ainda não é possível apontar a participação do deputado no escândalo. Por isso, a PC vai abrir um novo inquérito.

"Finalmente, considerando a presença de fortes indícios da participação do Deputado Estadual Olyntho Neto, consigno que a apuração dos fatos em relação a ele será objeto de outro Inquérito Policial a ser instaurado por esta Delegacia".  Diz o relatório da PC.

Em relação a possíveis crimes ou irregularidade na contratação, o delegado Romeu explicou que a investigação será feita por Palmas. E que a apuração contra o deputado Olynto visa tão somente questões ambientais. Mas que irá comunicar o fato ao Tribunal de Justiça do Tocantins, por se tratar de uma autoridade com foro privilegiado.

 O que diz Olyntho

Em nota, o deputado Olyntho Neto afirmou desconhecer o teor das investigações e disse que estará à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

"Em relação às afirmações constantes no inquérito policial que faz menções ao meu nome e a suposta participação nas relações com as empresa citadas, cumpre afirmar: Não tenho conhecimento sobre o teor das investigações e em nenhum momento fui ouvido ou citado sobre qualquer ato ou investigação realizada".