Deputado estadual Olyntho Neto.

A Polícia Civil de Araguaína abriu uma nova investigação contra o deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) no escândalo do lixo hospitalar. A decisão foi do delegado Romeu Fernandes de Carvalho, da 4ª DP da cidade. Entre as suspeitas, está a de que o parlamentar seria um dos controladores da empresa dona do galpão onde parte do lixo foi encontrado.

Os investigadores descobriram que a empresa Agromaster, a proprietária do galpão, tem como acionista majoritária outra empresa; a Pronorte Empreendimentos Rurais. Já a Pronorte seria controlada pelo irmão do deputado, Luiz Olinto, e por uma terceira empresa, a Luon Participações. Um dos sócios da Luon é o deputado.

Outra coisa que chamou a atenção da polícia é que os endereços registrados para as empresas Luon e Agromaster são iguais. As duas funcionariam no galpão onde o lixo estava.

O que diz o deputado

Em nota, o deputado informou que não tem conhecimento sobre o teor das investigações e em nenhum momento fui ouvido ou citado sobre qualquer ato ou investigação realizada.

Disse ainda que jamais deixou de prestar qualquer esclarecimento sobre minha vida pública, pessoal ou empresarial e quando devidamente notificado estará à disposição de todos os órgãos competentes.

Outro indício, segundo o documento de instauração do inquérito, é o fato de que durante as buscas foi encontrado um contrato de arrendamento da fazenda Caeté entre o deputado e a empresa do irmão dele, a Pronorte. Foi na propriedade rural que mais lixo foi localizado enterrado clandestinamente em novembro de 2018.

Histórico

Este é o segundo inquérito a que o deputado vai responder no escândalo. O primeiro foi aberto no começo de dezembro, quando um documento encontrado em um cartório indicou que um assessor parlamentar de Olyntho Neto tinha autorização da Sancil Sanantônio para representá-la em contratações com o poder público. A Sancil era a empresa responsável pelo recolhimento do lixo.

Na época do escândalo, a Secretaria de Saúde informou que o contrato com a empresa foi feito em caráter emergencial e sem licitação. Seriam pagos R$ 557 mil por mês, mais de R$ 6 milhões por ano, pelo serviço. O lixo era coletado em pelo menos três cidades. No dia 13 de novembro, o Governo anunciou o fim do contrato com a empresa Sancil Sanantonio.

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http://araguainanoticias.com.br/noticia/53644/pc-aponta-ligacoes-de-olyntho-neto-com-empresas-envolvidas-no-escandalo-do-lixo/