Projeto tem possibilitado a 14 reeducandos a remição de pena por trabalho.

Um grupo de detentos do regime fechado da Cadeia Pública de Araguatins, norte do Tocantins, está trabalhando em obras de revitalização de espaços públicos do município como parte de um projeto da própria unidade penal, que oferece oportunidade de ressocialização aos presos.

Ao todo, 14 presos selecionados por mérito e bom comportamento,  trabalham na revitalização das praças em ações que envolvem a limpeza e jardinagem dos espaços públicos. O projeto tem possibilitado a eles a remição de pena por meio de trabalho.

Segundo a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), a parceria --oficializada junto ao Poder Judiciário -- permite que a cada três dias trabalhados, um dia seja subtraído da pena.

O chefe de segurança, Adenilson Barros Nascimento, conta que os projetos são aclamados pelos reeducandos. "A maior parte deles quer trabalhar, remir a pena e ocupar o tempo ocioso. Logo, procuramos firmar essa parceria com a prefeitura para possibilitar o trabalho e a reintegração social, inclusive, a comunidade interage bastante e incentiva os reeducandos", destaca.

Para o diretor da Cadeia Pública de Araguatins, Heberson Vieira de Sousa, a parceria entre as partes é positiva para todos. "É uma via de mão dupla, pois nossos reeducandos têm contribuído bastante com o município, conseguem remir a pena e trabalhar em benfeitorias no que diz respeito à limpeza e zelo da coisa pública, sentem-se úteis e enxergam outros caminhos", reforçou o diretor.

"As parcerias com os municípios e outros órgãos garantem maior efetividade no cumprimento dos projetos executados pelos gestores das unidades prisionais, são essenciais para o melhor cumprimento das ações ressocializadoras propostas pelo Sistema Penitenciário do Estado do Tocantins [Sispen/TO]", destaca o superintendente, Orleanes de Sousa Alves.

Outros projetos

Outras atividades são desenvolvidas em parceria com a Prefeitura do município e outras instituições, como o Instituto Federal do Tocantins (IFTO) ? Campus Araguatins, a exemplo da horta. Adenilson explica que a horta surgiu a partir de um curso de formação continuada com certificação para os detentos, ofertado pelo IFTO como projeto de extensão acadêmica.

"A prefeitura cedeu um terreno para implantar a horta e por meio da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais também ofertou uma caixa d?água com capacidade de três mil litros para fins de irrigação da horta", disse.

A capacitação é ofertada constantemente aos reeducandos. Os vegetais e legumes produzidos também são comercializados pelos detentos. "A venda dos produtos da horta contribui na atenção de pequenos reparos e necessidades na unidade", conta o chefe de segurança.