Dos 8 deputados, 7 votaram para retirar o Coaf das mãos do Ministro Sérgio Moro.

O plenário da Câmara rejeitou, na noite desta quarta-feira (22), a manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça. Dos oito deputados que compõem a bancada federal do Tocantins, sete votaram contra e apenas Eli Borges (SD) votou favorável.

Os deputados federais Carlos Gaguim (DEM), Célio Moura (PT), Dulce Miranda (MDB), Osires Damaso (PSC), Dorinha Seabra Rezende (DEM), Tiago Dimas (SD) e Vicentinho Júnior (PR) votaram favorável para manter o Coaf no Ministério da Fazenda.

A retirada do Coaf do controle de Moro era a meta do chamado Centrão ? grupo de partidos sob influência mais próxima do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A decisão com votação acirrada ficou 228 votos contra 221, no plenário da Câmara dos Deputados.

Caso o Senado mantenha o entendimento sobre o Coaf, o órgão que foi destinado pelo presidente Jair Bolsonaro ao ministro Sérgio Moro será transferido de volta ao Ministério da Economia, de Paulo Guedes.

O texto-base da MP 870 foi aprovado, ou seja, prevê a manutenção da estrutura administrativa desenhada por Bolsonaro ao assumir a Presidência. Vários itens da reforma, porém, foram destacados para serem votados em separado.

Antes de decidir o destino do Coaf, os parlamentares rejeitaram pedidos para a recriação dos ministérios da Cultura e do Trabalho. Também negaram a recomposição dos ministérios das Cidades e Integração Nacional, que foram fundidos por Bolsonaro na pasta de Desenvolvimento Regional.