Obra do Hospital Geral de Araguaína nunca saiu do papel.

O governo do Tocantins possui déficit bilionário para concluir todas as obras paralisadas. De acordo com o deputado Elenil da Penha (MDB), para este ano o estado teria que desembolsar 2,4 bilhões para conclusão das obras.

A situação das obras inacabadas foi debatida em audiência pública com o secretário de Estado da Infraestrutura, Cidades e Habitação, Renato Assunção, nesta quinta-feira (23) na Assembleia Legislativa. O evento contou com a participação de prefeitos e vereadores de vários municípios. O evento contou com a participação de prefeitos e vereadores de vários municípios.

De acordo com o deputado Elenil, presidente da Comissão, o orçamento do Estado para este ano teria um déficit de recursos da origem de R$ 2,4 bi para a conclusão de todas as obras.

"Eu sei que a peça orçamentária é fictícia; é uma previsão, mas o fato é que [o valor para estas obras] não se enquadra no nosso orçamento, que é de R$ 10,4 bilhões".

Ao AN, o deputado declarou que a audiência "buscou apontar caminhos e soluções para a paralisação de obras fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do Tocantins, como a construção de hospitais e escolas, e a pavimentação e recuperação de rodovias."

Para o prefeito de Pedro Afonso e presidente da Associação Tocantinense de Municípios, Jairo Mariano, o Governo precisa priorizar - dentre as obras paralisadas - aquelas mais urgentes, como a ligação asfáltica de pelo menos sete municípios, cujo acesso ainda é por "estradas de terra".

De acordo com o secretário, a paralisação de cerca de duas mil obras no Estado se deve à judicialização de projetos envolvidos em operações de combate à corrupção por órgãos de controle.

Por isso, o deputado Zé Roberto (PT) lamentou a ausência de representantes dos órgãos de controle, como do Judiciário, estadual e federal, Ministério Público e Tribunais de Contas, do Estado e da União. "Seria muito importante a presença deles aqui hoje, já que parte das obras paralisadas, como disse o secretário, se deve a ações desses órgãos".

Em relação à manutenção das pontes, incluindo a de Porto Nacional - interditada desde o início de fevereiro deste ano -, o secretário informou que elas nunca receberam inspeções pelos governos anteriores. "Exatamente por isso, iniciamos um estudo para a contratação de uma empresa, por meio de licitação, que fará a manutenção periódica das obras de arte de todas as pontes do Estado pelos próximos quatro anos", concluiu.

Além dos já citados, também debateram o assunto os deputados Valderez Castelo Branco (PP), líder do Governo na Assembleia, Professor Junior Geo (PROS), Amélio Cayres (SD) e Vanda Monteiro (PSL). (Glauber Barros e Rubens Gonçalves). (Com informações Dicom-AL)