Ex-governador Marcelo Miranda é indiciado no âmbito da Operação Catarse.

O ex-governador Marcelo Miranda (MDB) foi indiciado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (6) suspeito de participação no esquema de funcionários fantasmas que deu início a Operação Catarse em 2018. Três ex-secretários do último governo de Miranda também vão responder por crime de peculato.

A investigação encaminhada ao Ministério Público Estadual é referente ao caso da servidora pública Alciany Chaves, suspeita de receber sem trabalhar, entre os anos de 2017 e 2019.

De acordo com o relatório do titular da DEIC-Norte, delegado José Anchieta de Menezes Filho, ela é apontada como fantasma na gestão do ex-governador porque recebeu salários como enfermeira lotada no Hospital Regional de Araguaína, e depois na Secretaria Geral de Governo, mesmo estando no Paraguai, enquanto estudava medicina em uma universidade de Ciudad Del Este.

A investigação apurou que a servidora causou um prejuízo de R$ 86,2 mil aos cofres públicos, por receber sem trabalhar.

Após a quebra de sigilo telefônico os investigadores verificaram que a transferência da enfermeira do HRA para a Secretaria-Geral foi intermediada pela mãe dela, a ex-vereadora Cleidimar Aparecida Chaves, diretamente com o então governador Marcelo Miranda.

Três ex-secretários indiciados:

-- Ex-secretário-geral de Governo, Cesarino Augusto: teria atestado falsamente a presença da servidora nas dependências da Secretaria-Geral por duas vezes.

-- Ex-secretário de Estado da Articulação Política, João Emídio Felipe de Miranda: teria atestado falsamente a presença da servidora nas dependências da Secretaria de Articulação Política.

-- Ex-secretário-chefe da Casa Civil, Télio Ayres Leão: assinou as cessões da servidora sem justificativa para secretarias que não tinham nenhuma relação com a formação dela.

Todos os indiciados vão responde por peculato-furto. Cesarino Augusto e João Emídio também foram acusados por falsidade ideológica majorada.

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