Além de ser uma potência esportiva, a Alemanha é também um dos países mais ricos da Europa

Se você curte futebol, deve ter pegado certo ranço dos alemães por causa daquela goleada histórica que o Brasil sofreu nas quartas de final da Copa do Mundo de 2014. Muito além de ser uma potência esportiva, a Alemanha é também um dos países mais ricos da Europa e de todo o mundo.

Repleto de páginas importantes na História da humanidade, o país  cuida de seu passado, sem deixar de olhar para o futuro. E se você der uma chance para os alemães, vai perceber que este país é um verdadeiro caleidoscópio cultural.

São muitas as opções de turismo, desde para quem quer mergulhar nestes aspectos mais históricos a quem quer conhecer, por exemplo, centros de tecnologia e inovação. E Berlim pode ser eleita o símbolo dessa diversidade.

Quer saber o que a capital da Alemanha tem mais a oferecer? Reunimos algumas dicas turísticas para você começar a planejar a sua viagem e traçar o seu roteiro.

Caleidoscópio cultural

Caleidoscópio talvez seja, realmente, uma boa palavra para definir a capital da Alemanha. Berlim apresenta resquícios de idades bem antigas, como a Era Medieval, e também monumentos que remetem à história contemporânea dos alemães e do mundo.

1. Portão de Brandemburgo, símbolo de Berlim

Você já deve ter ouvido falar, ou mesmo ter visto, o Portão de Brandemburgo pela televisão ou internet, já que este é o lugar onde os alemães realizam as suas principais manifestações, desde comemorações por feitos esportivos até protestos políticos.

A construção em estilo neoclássico é considerada um dos maiores símbolos berlinenses e foi inaugurada em 1791. Interessante notar que o monumento foi inspirado no Propylaeum que era a entrada da Acrópole, em Atenas. Em 1795, o Portão de Brandemburgo recebeu a famosa quadriga de cobre.

Esta escultura é uma homenagem à deusa romana, Vitória. Ela guia 4 cavalos. O fato interessante sobre a quadriga é que, quando Napoleão conquistou a Alemanha, ela foi levada a Paris de onde só retornou em 1814.

Ressalta-se ainda que há 5 portas que, segundo os relatos históricos, levavam a 5 diferentes estradas. Apenas as duas portas das laterais mais extremas eram abertas ao livre trânsito dos civis. As outras eram exclusividade da Família Real. Os arcos têm larguras diferentes justamente para simbolizar essa diferença de hierarquia.

2. Catedral de Berlim (Berliner Dom)

Se o Portão de Brandemburgo representa a cidade de Berlim, a Catedral é um dos mais expressivos monumentos religiosos da capital alemã. Com 114 metros de comprimento e outros 116 m de altura, este é um dos muitos lugares visados pelos turistas e rende lindas fotos, tanto de dia quanto de noite.

Localizada às margens do rio Spree, a construção foi erguida entre 1894 e 1905 e têm cúpulas de cobre imponentes na cor verde. De estilo barroco e inspirada no Renascimento Italiano, a Igreja protestante queria fazer frente À Basílica de São Pedro, no Vaticano, símbolo da Igreja católica.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Igreja foi atingida por uma bomba que destruiu a sua cúpula central. Depois da divisão das duas Alemanhas, a Ocidental e a Oriental, a Igreja só foi reconstruída totalmente em 1983.

É interessante notar que em datas especiais, a Catedral de Berlim recebe algumas projeções que colorem temporariamente a fachada da Igreja.

3. Memorial do Holocausto (Holocaust Mahnmal)

Impossível ir a Berlim e não visitar o Memorial do Holocausto que fica na região central da cidade, próximo ao Portão de Brandemburgo e ao jardim Tiergarten. Construído para homenagear os mais de 6 milhões de judeus mortos por Hitler durante o Holocausto, o Memorial possui acesso gratuito.

Esse grande monumento a céu aberto, foi construído em 2004 pelo arquiteto norte-americano Peter Eisenman e só foi aberto ao público um ano depois, em 2005. São mais de 2 mil blocos de concreto cinza que simbolizam as vidas judias perdidas durante a repressão hitlerista.

É notório o esforço dos alemães em não deixar esse período sombrio da história do país cair no esquecimento. Eles criam diversos lugares de memória, mesmo a de um período tão doloroso, justamente para que as pessoas não esqueçam, não deixem de pensar sobre e, consequentemente, não voltem a incorrer nos mesmos erros.

4. Muro de Berlim (Mauer)

Outro ponto turístico extremamente visitado e lembrado pelos alemães é o Muro de Berlim, a estrutura de concreto que, simbolicamente, dividiu a Berlim e a Alemanha Ocidental e Oriental.

Você certamente se lembra das aulas de história e geografia, mas nunca é demais reforçar a importância deste (agora) monumento para a contemporaneidade. Em 1961, para evitar o êxodo dos alemães do oriente (comunista) para o ocidente (capitalista), foi construído um muro de 66,5 Km que isolava as partes.

Milhares de pessoas tentaram pular o muro e, pelo menos, 80 morreram nessas tentativas. O Muro só foi derrubado em 1989 e, embora a maior parte da estrutura já tenha sido derrubada, os alemães mantêm alguns trechos intactos para relembrar esse momento doloroso da história política recente do país.

5. Potsdamer Platz

A Potsdamer Platz é uma praça rodeada de altos prédios e comércios. Olhando sem muita atenção o turista talvez não perceba o valor histórico da localidade. Aquela região foi fortemente bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial e, além disso, ficou isolada durante a divisão das duas Alemanhas.

Tempos depois e para aliviar as memórias tristes, diversos empresários resolveram investir na praça, criando um centro econômico e de lazer com lojas, redes de hotéis e sedes de empresas. Os astros de Hollywood quando vão lançar os seus filmes, geralmente, o fazem na Potsdamer Platz.

Viu só como o país do 7 a 1 pode ser muito atrativo para quem quer fazer turismo?