Fernando Almeida
Reinaugurada no último 12 de dezembro, após um ano de atraso na reforma paliativa, a Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA) já conta com 93 presos. No entanto, a segurança interna é feita com apenas 5 agentes e a externa de responsabilidade da Polícia Militar (PM) é inexistente, pois efetivo está extremamente reduzido.
Na parte externa da CPPA existem duas guaritas onde os policiais deveriam ficar para manter e fazer a vigilância tanto dos presos para evitar fuga, quanto para proteger a unidade penal de uma eventual operação de resgate a criminosos. Segundo as informações, para manter a segurança seriam necessários 4 PMs, a cada 24 horas.
Pedido
A Associação dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Aspol) já encaminhou em 6 de janeiro deste ano o Ofício (n°001/2014) ao 2° Batalhão de PolÍcia Militar (Araguaína) solicitando o reforço policial na parte externa da Cadeia Pública. No entanto, a resposta foi negativa, a PM alegou que o efetivo em Araguaína está extremamente reduzido e que para atender a solicitação seria necessário desativar viatura.
Reposta negativa
“Considerando que o efetivo da nossa Unidade Policial Militar se encontra extremante reduzido, inclusive chegando a pontos de desativarmos frente de serviço para suprirmos as escalas de policiamento ostensivo. Considerando que para atender a solicitação (...) teremos que desativar viaturas de Rádio Patrulha (RP), o que ocasionaria deficiência na nossa prestação de serviço à sociedade araguainense. Informamos que não será possível atender a vossa solicitação,” justifica o Oficio Reposta (n° 003/2014) enviado pelo 2° BPM à Aspol em 6 de janeiro.
Riscos
Para o presidente da Aspol, Davi Fernandes Nunes, a falta de segurança na parte externa da CPPA coloca em risco a comunidade e argumenta que a sociedade não pode ser penalizada pela falta de planejamento dos gestores. “O comandante do 2° BPM não pode se omitir e expor a sociedade araguinense ao perigo sob justificativa da escassez de moa de obra, o risco iminente de mortes, resgates e fugas em massa da CPPA e da UTPBG é problema dele enquanto gestor de segurança da cidade de Araguaína. A sociedade não pode ser penalizada e pela falta de planejamento dos gestores de segurança pÚblica,” afirmou Nunes ao Araguaína Notícias. Já o prazo para que o problema seja resolvido, segundo a resposta da PM, é julho de 2014.
Superlotação
Como o Araguaína Notícias teve acesso apenas ao Oficio Reposta, a reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Policia Militar de Araguaína, mas ninguém retornou as ligações e nem encaminhou explicações. A CPPA é composta por 12 celas, tem capacidade para 84 presos, mas atualmente está com 93; ou seja, 9 a mais que a capacidade normal.
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