Ramila Macedo/Araguaína Notícias

Os profissionais de enfermagem do Tocantins decidiram fazer paralisação nesta segunda-feira, 30, por 24 horas e greve geral a partir do dia 6 de abril. Segundo o Sindicato dos trabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras), apenas 30% dos serviços serão mantidos para atendimento de casos de urgência e emergência em hospitais do estado. Em Araguaína, os enfermeiros já cruzaram os braços e fazem protesto em frente ao Hospital Regional.

Reivindicações

A categoria não aceitou o que foi proposto pelo governo para quitar progressões de 2014 e 2015, adicional noturno e de insalubridade, alguns benefícios atrasados desde 2010, e apresentaram contraproposta. Os profissionais da saúde também unem forças para cobrar do governo adequação da jornada de trabalho, equipamentos de proteção individual, além melhores condições de trabalho e problemas estruturais dos hospitais que acarretam em atendimento precário aos cidadãos.

Ao Araguaína Notícias a diretora regional do SEET (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem), Grasiela Rute, afirmou que o  principal motivo da paralisação são as condições de trabalho dentro dos hospitais do Estado, que estão “totalmente precárias”. “Nós não temos materiais, nós não temos equipamentos, nem medicamentos suficientes pra prestar um atendimento de qualidade. Se vocês adentrarem no (Hospital) Regional aqui de Araguaína e ir até a entrada do centro cirúrgico, vocês vão ver muitas mesas sucateadas, encostadas, sem nenhuma utilização. Sendo que estamos precisando de reformas que o Estado poderia tá fazendo pra dar uma assistência melhor a comunidade” relatou.

Segundo Rute, a paralisação de hoje atinge 70% do quadro de enfermagem do HRA. Aproximadamente 115 funcionários na escala de hoje, exceto os que não estão de plantão nesta segunda-feira, 30.

Paralisação em outros hospitais

De acordo com o Sintras, cerca de 70% dos serviços estão paralisados nas unidades de Porto Nacional, Miracema, Guaraí, Araguaína, Dianópolis, Arraias. Em Palmas a paralisação atinge o Hospital Geral de Palmas (HGP), o Hospital de Maternidade Dona Regina (HMDR) e o Hospital Infantil. Os serviços na internação e na emergência não serão paralisados.

Só iremos parar quando o governo apresentar uma proposta que seja viável e aprovada pelos servidores, e quando a assembleia decidir por fim a paralisação”, disse o presidente do Sintras, Manoel Miranda.