Delegado Fernando Rizério abordou vários assuntos relacionados ao bullying
Foto: ICOM SSP TO

Em sintonia com as mais recentes atualizações no mundo jurídico e visando conscientizar estudantes sobre os efeitos e malefícios da prática do bullying em ambiente escolar e também fora dele, o delegado de Polícia Civil, Fernando Rizério Jayme, ministrou palestra para  estudantes do Colégio Santa Cruz, em Araguaína. A palestra ocorreu na manhã desta quinta-feira, 7, a convite da direção do estabelecimento de ensino, para seis turmas de alunos de 12 e 13 anos, compreendendo cerca de 150 alunos. 

O delegado, que também é professor universitário do curso de Direito, abordou a temática do bullying, que muitas vezes é praticada em forma de brincadeiras de mal gosto, mas que podem ter efeitos devastadores na vítima que sofre os ataques.

Usando de uma didática informal e de forma interativa, o delegado Fernando explicou aos adolescentes as consequências penais para quem pratica atos que caracterizam bullying.

Exposição nas redes

Na mesma seara, a autoridade policial também discorreu sobre o cyberbullying que é cometido pelo uso da internet, através da redes sociais e mensagens de texto, via aplicativos de mensagens onde a vítima da mesma forma que presencialmente, é exposta a vários tipos de humilhações, o que pode levar a consequências trágicas, como a prática de automutilação e até mesmo tentar contra a própria vida.

Durante o bate-papo, os alunos puderam fazer perguntas e tirar dúvidas a respeito do tema. O delegado explicou que muitas vezes, o bullying vem disfarçado de uma brincadeira que à primeira vista, parece inocente, mas que pode conter ofensas, preconceitos, xenofobia, injúria racial, além de outros delitos graves.

O delegado também abordou sobre a péssima influência das redes sociais, especialmente de alguns influenciadores que inventam brincadeiras e modinhas que infringem a lei, visando unicamente o lucro financeiro.

Como denunciar

Em outro momento de sua fala, o delegado Fernando Rizério explicou sobre o crime de omissão de socorro e o dever moral de impedir atos ilícitos, de denunciar e procurar ajuda para as vítimas. A autoridade policial também falou sobre os limites de direito pessoal, dignidade da pessoa humana e direitos básicos, enfatizando que condutas delituosas serão responsabilizadas na forma da lei.

Por fim, a autoridade policial ensinou aos adolescentes como reconhecer e denunciar à Polícia Civil, comportamentos abusivos que são classificados como bullying e que tanto mal causam a crianças, adolescentes e em casos mais severos, podem destruir vidas.

“Uma enorme satisfação poder ser convidado e ter a oportunidade de falar sobre um tema tão importante como é o bullying para estudantes que estão em processo de formação de caráter e personalidade, e que por isso, estão suscetíveis a receber influência do meio em que vivem. Conseguimos passar a mensagem de que o bullying não é brincadeira e que suas consequências podem ser terríveis para quem sofre, mas que aquele que propagar o bullying pode ser responsabilizado. A conversa foi extremamente útil e necessária para que nossos estudantes se conscientizem e sempre reflitam sobre seus atos a fim de evitar transtornos para si e para os outros”, ressaltou o delegado.