Delegado Cassiano Ribeiro Oyama e sargento José Maria Rodrigues

O primeiro tiro que alvejou o Sargento José Maria Rodrigues,  na noite desta quinta-feira (26) em Palmas,  partiu de um fuzil usado pelo delegado Cassiano  Ribeiro Oyama. A informação consta num documento que o AN teve acesso.  Já os outros dois projéteis arma .40 utilizada por um policial civil.

O militar foi baleado, socorrido e  morreu no HGP na na manhã desta sexta-feira, 27.  Os  três envolvidos na ocorrência ( o delegado Cassiano e os dois policiais civis) foram afastados pela Corregedoria da Polícia Civil.  As armas deles também foram recolhidos, assim como a utilizada pelo PM morto.

Tiro de fuzil

Após a ocorrência, o delegado Cassiano se apresentou espontaneamente a Central de Atendimento da Polícia Civil, na Região Sul de Palmas. Em declaração à PC, o delegado relatou o ocorrido, assumiu ter atirado com o fuzil,   modelo  IMBEL MD 97, contra o sargento da PM. Disse ainda ter ouvido outros dois disparos, mas não soube identificar qual dos policias civis efetuaram.

Em nota conjunta,  13 Associações de PM no estado cobraram celeridade,  transparência na apuração do caso e condenaram a ação. "Efetuar disparo de fuzil calibre 556 em ambiente altamente frequentado por pessoas é um ato irresponsável, inadmissível e denota o despreparo de quem o fez."

Divergência 

Conforme o Termo de Declaração Espontânea, nas contas de Cassiano, foram apenas três disparos. Um deles atingiu a perna do militar,  o outro pegou no  braço e um terceiro, no abdômen. A informação diverge da  nota da SSP-TO, que  menciona que foram quatro tiros. E diz que apenas três acertaram o sargento da PM. Cassiano alegou que o PM apontou a arma para eles e desobedeceu a ordem baixar a arma.

Cassiano contou ainda que o sargento da PM caiu ao chão somente após ser alvejado pela terceira vez. E que ele, mesmo caído, permaneceu com a arma em punho. Diante disso, conforme o relato, um escrivão da PC chutou a arma, retirando assim do PM. Disse também que acionou o socorro e que só ficou sabendo que se tratava de um militar após o ocorrido. Por outro lado, admitiu que o PM não deu nenhum tiro.

Ocorrência

O fato aconteceu por volta das 20h00  desta quinta-feira (26) num bar na região sul de Palmas. Segundo a PC, o militar  armado, visivelmente sob a influência de álcool e ao lado de veículo com som automotivo acima do permissivo legal.  Cassiano é da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa ? DHPP, de Palmas, que fazia diligências juntamente com sua equipe nas proximidades da ocorrência.