De acordo com a pesquisa, o Tocantins registrou 22.126 nascimentos em 2022.
Foto: Ilustrativa

O Tocantins registrou 22.126 nascimentos em 2022, uma queda de 4,3% na comparação com 2021, quando o número foi de 23.117. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quarta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja série histórica foi iniciada em 1974.

De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou 2,54 milhões de nascimentos, uma queda de 3,5% na comparação com 2021. Todas as regiões apresentaram recuo do indicador. Entre as Unidades da Federação, a Paraíba apresentou a maior queda (-9,9%), seguida pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que apresentaram aumento de registros de nascimentos.

Em 2018, o Tocantins havia registrado 24.868 nascimentos. Em 2019, foi verificada queda (23.923), assim como em 2020, ano da pandemia (23.070). Já em 2021, o indicador se manteve praticamente estável frente ao ano anterior (23.117). “A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”, explicou a gerente da pesquisa, Klívia Brayner.

Na análise dos registros de nascimentos ocorridos em 2022, de acordo com a idade das mães, a pesquisa confirma a tendência de mulheres tocantinenses tendo filhos mais tarde, embora a predominância ainda seja na faixa de 20 a 29 anos (50,3%). Entretanto, em 2010, esse percentual era de 55%. A tendência de queda na faixa de menos de 20 anos também se manteve: o percentual, que era de 23% em 2010 e caiu para 15,5% em 2022. Por outro lado, o registro de nascimentos na faixa de 30 a 39 anos teve alta, passando de 18,7% para 29,7%, no período. Na faixa etária de 40 a 44 anos também houve crescimento percentual: de 1,3% para 3%.

Óbitos

O Tocantins registrou, em 2022, 9.038 óbitos, uma queda de 17,8% (1.962 a menos) em comparação com o ano anterior. “Esse resultado acompanha o recuo das mortes ocasionadas pela Covid-19, com a ampliação do número de pessoas que completaram o esquema vacinal”, justificou a pesquisadora. O resultado de 2021 (11.000), no auge da pandemia, foi recorde desde 2003. Entretanto, o número de óbitos de 2022 foi 19,2% superior ao de 2019 (7.577), último ano pré-pandemia. Cabe lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) somente em maio de 2023.

A redução do número de óbitos entre 2021 e 2022 foi verificada em todas as regiões e UFs, com as maiores quedas no Centro-Oeste (-21,7%) e Norte (-21,1%), e a menor, no Nordeste (-9,3%). Os cinco estados que apresentaram a maior queda percentual foram Amazonas (-29,9%), Rondônia (-26,6%), Acre (-25,0%), Distrito Federal (-24,0%) e Roraima (-23,6%). Por outro lado, Piauí (-6,3%), Bahia (-6,9%), Paraíba (-6,9%), Alagoas (-7,2%) e Rio Grande do Norte (-8,8%) tiveram os menores recuos.

Casamentos

A pesquisa mostra também que, em 2022, no Tocantins, houve 7.156 casamentos civis realizados em cartórios de registro civil de pessoas naturais, um aumento de apenas 1% em relação a 2021. Todas as regiões do Brasil tiveram aumento na categoria nupcialidade.

Do total de casamentos, apenas 0,14%, ou seja, 10, foram entre pessoas do mesmo sexo. Esse número, é 19,8% menor que em 2021, que registrou 18 casamentos. Desses 10 casamentos, a maioria (8) foi entre cônjuges femininos e 2 entre cônjuges masculinos.

Divórcios

Em 2022, as Estatísticas do Registro Civil contabilizaram no Tocantins 3.319 divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, um aumento de 13,4% em relação ao total de 2021 (2.926).

Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 2.773, ou seja, 83,5% dos divórcios do Tocantins. Na análise desse tipo de divórcio segundo o arranjo familiar, quase metade das dissoluções ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade, atingindo 1.323 em 2022.