Levantamento divulgado pelo Estadão nesta quinta-feira (12) aponta que o preso da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), sob administração da Umanizzare, custou 226% a mais que um detento do presídio Luz

Levantamento divulgado pelo Estadão nesta quinta-feira (12) aponta que o preso da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), sob administração da Umanizzare, custou 226% a mais que um detento do presídio Luz do Amanhã de Cariri, administrado pelo governo do Tocantins.

Um preso do Barra da Grota em Araguaína custou R$ 3.791,58, enquanto em Cariri o valor foi R$ 1.671,24 no ano de 2015. Os dados são do próprio Governo do Tocantins que, em 2016, pagou R$ 41.033.126,22 para a Umanizzare.

Sobre os custos, a empresa justificou ao jornal paulista que a estrutura oferecida, ?bem como os programas desenvolvidos nas unidades, não permitem comparação com valores praticados em presídios administrados exclusivamente pelo poder público?.

"Isto porque, nessas unidades, o preso geralmente não dispõe de tais atividades e estrutura", afirma a Umanizzare. "Os presídios públicos que se aproximam dos cogeridos pela Umanizzare, e podem ser usados para efeito de comparação, são as penitenciárias federais, nas quais o governo federal gasta mais de R$ 15 mil ao mês por detento" justifica.

Terceirizada pela Secretaria Estadual da Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) em 2011, a Umanizzare administra duas unidades prisionais no Tocantins?Barra da Grota e Casa de Prisão Provisória de Palmas.

A reportagem cita que um detento no Barra da Grota custou R$ 3.484,06 em 2014, e em 2016, R$ 4.057,80, conforme o próprio Governo do Tocantins.

Já o custo de um preso na CPP de Palmas foi de R$ 3.577,58 em 2014; R$ 3.990,32 em 2015, e em 2016, valor foi de R$ 4.166,49.

Barra da Grota tem capacidade para 438 reeducados, mas tem 477, segundo o Governo do Estado. O Núcleo de Custódia e Casa de Prisão Provisória de Palmas tem 260 vagas, mas é ocupada por 639 presos.

No Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã de Cariri do Tocantins, sob administração do Estado, são 280 lugares ocupados por 419 detentos.

Administração do Estado

O Executivo informou ao Estadão que em 2015, na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, o detento custou R$ 2.487,48. O valor chegou, na Casa de Prisão Provisória de Gurupi, a R$ 2.629,39. No Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã de Cariri do Tocantins, um preso custou R$ 1.671,24.

O governo informou que os valores de 2014 e 2016 estão sendo levantado.