Ramila Macedo/Arnaldo Filho

Faleceu em Araguaína (TO) na madrugada desta sexta-feira (11) o advogado Walker de Montemor Quagliarello (mais conhecido como Kiko). Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil lamentou o ocorrido.

Kiko estava dentro de seu veículo C4 Pallace, placas de Palmas, por volta das 23 horas no trevo do Posto do Bairro JK (BR-153), em Araguaína, quando começou a se sentir mal. 

Imagens que circulam pelo Whatsap mostram o momento em que o advogado sofreu o infarto. Ele estava acompanhado por um travesti que é estudante de medicina. Ao começar passar mal, segundo a PRF, Walker perdeu o controle do veículo e subiu no canteiro central da rodovia. O Samu foi acionado e ainda tentou reanimá-lo.

De acordo com a assessoria do Hospital Regional de Araguaína (HRA), Walker chegou à unidade na ambulância do Samu por volta das 3 horas da madrugada e minutos depois foi constatado o óbito. O HRA não confirmou a causa da morte e o corpo ainda será encaminhado ao IML de Araguaína. O advogado estava a trabalho em Araguaína e será sepultado em Palmas (TO).

Operação MAET

O advogado Walker Montemor Quagliarello, 52 anos, foi um dos investigados na operação MAET da Polícia Federal, em agosto de 2011, por suspeitas de envolvimento no escândalo de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça Tocantins, com a participação de outros advogados e os desembargadores Willamara Leila de Almeida, Carlos Luiz de Souza e José Liberato da Costa Póvoa.

Um dos casos em que o advogado atuou aparece um processo do Iespen, Instituto de Ensino Superior de Porto Nacional. Segundo a Polícia Federal, em interceptações telefônicas, há vários trechos em que Kiko (advogado Walker Montemor Quagliarello) explica como será a partilha do dinheiro que viria do processo do instituto, sendo de R$ 100 mil divididos entre Liberato Póvoa, Carlos Souza, Deliane, Manoel Pedro e Dagoberto Pinheiro (este dois servidores do TJ), além dos advogados.

Kiko também foi julgado pelo Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Tocantins, em dezembro de 2012, e recebeu como pena a suspensão de nove meses e multa de dez anuidades.

Matéria Atualizada: 14:00