Afastado do cargo desde o dia 3 de setembro, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), voltou a ser alvo de uma nova operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quarta-feira (12). A ação, chamada Operação Nêmesis, apura a possível prática de embaraço a investigação sobre uma organização criminosa supostamente envolvida no desvio de recursos públicos da Covid-19.
Além disso, a operação investiga desvios de emendas parlamentares utilizados para o pagamento de empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas.
A assessoria de Wanderlei confirmou ao G1 Tocantins que agentes da Polícia Federal apreenderam celulares do governador afastado durante o cumprimento das ordens judiciais. A equipe, no entanto, preferiu não se manifestar.
De acordo com a PF, estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Palmas e Santa Tereza do Tocantins.
As investigações tiveram início durante a deflagração da 2ª fase da Operação Fames-19, em 3 de setembro, quando a Polícia Federal identificou indícios de que alguns investigados teriam se valido de seus cargos e utilizado veículos oficiais para retirar e transportar documentos e materiais de interesse, dificultando as apurações sobre a atuação da organização criminosa.
Esses procedimentos ainda tramitam sob sigilo na Corte Especial do STJ.
Com a Operação Nêmesis, a Polícia Federal busca interromper ações criminosas voltadas à destruição e ocultação de provas e de ativos, além de reunir novos elementos para esclarecer os fatos, especialmente sobre a participação dos suspeitos e a possível atuação de outros agentes ainda não identificados.

