Em 2013 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) modificou as regras para a realização dos testes para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e determinou que os examinados passem por simuladores de direção antes de iniciarem as aulas práticas em um carro. Desta forma, todos os Centros de Formação de Condutores (CFC) ficaram obrigados a comprar um equipamento de simulação, que custa em média R$ 40 mil. O prazo para que as aulas no simulador se tornem obrigatórias foi estendido e passará a ser válido para processos abertos a partir de primeiro de abril, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Desta forma, para facilitar o acesso das autoescolas tocantinenses ao simulador de direção veicular, o governo do Estado estabeleceu uma linha de crédito especial para financiar os equipamentos que se tornaram obrigatórios para 2014. Conforme a Agência de Fomento do Estado, para o financiamento de 100% do valor o cliente necessita colocar como garantia o simulador e um outro bem complementar no valor de 30%. Caso o empresário decida pelo financiamento de até 76% do valor total do simulador, basta o equipamento como garantia para contratar o empréstimo.

As taxas de juros, segundo a Agência de Fomento são de 1,06%, com um prazo de 48 meses e carência de três meses. Os interessados em contratar a linha de crédito não devem ter restrições cadastrais e apresentar as garantias necessárias para o financiamento. De acordo com a agência governamental, a empresa também deve apresentar o orçamento do equipamento.

Desta forma, para os empresários do setor, a iniciativa do governo do Estado facilita o acesso ao equipamento obrigatório. De acordo com Walter Nogueira, do CFC Tocantins, a parceria entre gestão estadual e entidades financeiras beneficiam o setor. “Nós já utilizamos aparelhos caros como carros, caminhões, carretas, para as carteiras A, B, C e D. Os simuladores são caros, mas muito importantes para a autoescola”, destacou.

Da mesma maneira, o diretor da CFC Brasil, Osmar Alencar Júnior, frisou que o incentivo do Estado para a adequação do setor é importante para o empresariado. “Qualquer linha de crédito que apareça é bem vinda. Existem cidades com apenas um CFC que precisará adquirir o simulador e ele vai ter que procurar a Agência de Fomento”, completou.