A defesa dos cinco policiais civis presos pela PF por suspeita de integrar um grupo de extermínio concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 20, em Palmas. O advogado Antônio Ianowich Filho argumentou que os agentes são vítimas de perseguição por não compactuarem com ilegalidades dentro da Polícia Civil.
Ele negou envolvimento dos agentes no suposto grupo de extermínio, que seria responsável por série de execuções em Palmas. Para a defesa, as denúncias feitas contra os agentes são infundadas.
“Vamos provar que a denúncia é vazia, subjetiva e sem identificação de participação ou autoria por parte dos acusados.” Pontua o advogado. Ele acrescentou que os agentes atuavam no combate ao crime organizado e narcotráfico.
Na versão da defesa, a acusação de que os agentes participavam de grupo de extermínio serve para criar embaraços aos policiais e desqualifica-los. Aponta ainda que as mortes atribuídas a eles são frutos de guerra entre criminosos. “Essas mortes são muitos claras, decorrentes dessas guerras entre facções.” Assegurou o advogado.
Ianowich ressaltou que há um pequeno grupo na Polícia Civil com interesses políticos e cometeram atos ilícitos. Segundo o advogado, os agentes presos possuem provas contra alguns deles, e por não compactuarem com as ilegalidades, agora estão sendo perseguidos.
“Eles são acusados de uma prática que eles não cometeram e o pano de fundo para essas acusações são desacreditadas pelas provas que eles têm de tentativas e até mesmo ilícitos praticados por delegados de polícia com o objetivo de falsificar provas e produzir inquéritos falsificados”. Ressaltou.
Os cinco agentes (Antonio Martins Pereira Junior, Carlos Augusto Pereira Alves, Giomari dos Santos Junior, Callebe Pereira da Silva e Antônio Mendes Dias) foram presos na Operação Caninana deflagrada pela Polícia Federal em 22 de junho.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), afirmou que o suposto envolvimento de agentes públicos da SSP em homicídios tramita em inquérito policial sigiloso e que o possível uso indevido de carros da instituição para os crimes será apurado, mas que os mesmos possuem utilização controlada.