Apontadas pela Polícia Civil como laranjas, os nomes das duas sócias da empresa Sancil --envolvida no escândalo do lixo hospitalar-- também constam no quadro societário de outra empresa, a Teruak Bioenergia. Curiosamente as duas empresas, no papel, são sediadas na TO-288, na Zona Rural de Wanderlândia.

A Teruak Bioenergia, atua com a extração de madeira em florestas nativas, é alvo de processos, sendo ao menos um na 2ª Vara do Trabalho de Araguaína.

Consta no documento, datado de julho deste ano,  Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Sousa Martins. Já o advogado que defende a empresa é o ex-juiz João Olyntho.

Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Sousa Martins, foragidas da Justiça desde o último dia 12, constam como sócias da empresa Sancil. Entretanto, para a PC, elas seriam laranjas e a empresa seria do pai do deputado Olyntho Neto (PSDB), o ex-juiz eleitoral João Olinto ? também foragido da Justiça.

A investigação da PC aponta que as duas mulheres são funcionárias do escritório de advocacia de João Olyntho.  Inclusive, foi apreendida uma folha de ponto de uma delas, segundo a Polícia.

Investigadores também afirmam que Ludimila e Waldirene não teriam recursos para montar uma empresa do porte da Sancil, com capital social de  R$ 3 milhões.

A PC também afirmou que a sede da Sancil, que nos documentos constam como sendo na Zona Rural de Wanderlândia, é fictícia. Já uma declaração apreendida no último dia 12 aponta que a empresa funcionaria no Olyntho Hotel.

Outro fato que chamou a atenção da Polícia é que um caminhão usado no transporte de lixo hospitalar está em nome da Teruak.   O veículo foi apreendido num posto em Araguaína no último dia 12.

A reportagem não conseguiu contato com os citados, mas o espaço permanece aberto.

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