posentado Donizete Clarindo da Silva, de 67 anos, passou mais de 8 meses internado no HRA.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O aposentado Donizete Clarindo da Silva, de 67 anos, que estava internado há mais de oito meses no Hospital Regional de Araguaína (HRA), morreu nesta terça-feira (12/03).

O idoso ficou acamado desde que sofreu um acidente na zona rural do município de Aragominas (TO), e foi transportado na carroceria de uma caminhonete da prefeitura da cidade, de forma precária, improvisada e sem nenhuma segurança. Na época, o caso teve grande repercussão negativa e revoltou a população.

O velório de Donizete Clarindo acontece no CCABA e o sepultamento será nesta quarta-feira (13/3) no Cemitério São Lázaro, em Araguaína.

O acidente ocorreu em 29 de julho de 2023. O idoso caiu de moto e foi socorrido inicialmente por um morador, que o levou até o posto de saúde da comunidade. Sem ambulância no local, a equipe ligou para a Prefeitura de Aragominas solicitando um veículo para transferir o paciente. Porém, a Secretaria de Saúde enviou uma caminhonete, ao invés de ambulância. O prefeito da cidade é Marcos Alexandre.

A distância do assentamento até a cidade mais próxima (Muricilândia) é de aproximadamente 65 km por uma estrada de terra. De lá até Aragominas, são mais 20 km, e até Araguaína, outros 40 km, totalizando cerca de 125 km.

Donizete Clarindo foi levado na carroceria do veículo até o posto de saúde de Aragominas, onde ficou esperando a autorização do Hospital Regional de Araguaína (HRA) para ser transferido. 

Após a autorização, o paciente foi transportado novamente na carroceria da caminhonete até Araguaína, chegando ao HRA por volta das 20h50

Sem ambulância

Na época, a prefeitura disse que as três ambulâncias do município estavam no conserto e só havia a caminhonete para atender o paciente. Segundo a filha do idoso, a caminhonete Triton da prefeitura sequer abria a tampa traseira. "Então tiveram que colocar meu pai por cima e na hora de retirá-lo foi assim também (ou seja, provavelmente diminuíram drasticamente as chances que meu pai tinha de reaver os movimentos das pernas”, denunciou a filha.

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