
O sonho de se tornar professor de educação física para Milton César Ferreira Silva se transformou em pesadelo. Ele concluiu uma complementação do curso de educação física para exercer a profissão há um ano, mas a Instituição ainda não entregou o diploma.
Bacharel em educação física, em maio de 2017 Milton iniciou o curso de complementação no Instituto de Ensino Superior e Extensão (IESE) e concluiu a formação em setembro de 2018. Segundo ele, pagou 18 parcelas no valor de R$ 350 e participou de 12 encontros presenciais, em Araguaína.
Inclusive, conseguiu trabalho na área e chegou a ser promovido a professor, mas como não recebeu o certificado, foi dispensado. Diante disso, Milton recorreu à Justiça para garantir o diploma que o habilite a trabalhar na área e também pedir indenização no vaor R$ 31,6 mil por ter perdido a vaga.
Aleandro Silva dos Santos, advogado de Milton, também representa outro cliente que fazem a mesma reclamação do IESE. Ele também aponta que os referidos profissionais foram prejudicados pela falta do diploma, que o Instituto ainda não entregou, apesar da conclusão da formação.
−Eles foram lesados. Por quê? Fizeram os cursos de licenciaturas em universidades reconhecidas pelo MEC, cumprindo todos os requisitos legais. Como começaram a trabalhar em academias, precisavam do curso de bacharelado em educação física. Razão pela qual fizeram essa complementação nessa Instituição.
O advogado ainda frisou que ao fazer consulta, constatou que o IESE não tinha autorização do MEC para ofertar tais cursos. Aleandro argumentou ainda que os clientes ficaram prejudicados por nunca terem recebidos os diplomas, que os habilita para trabalhar em academias.
−Ficaram desempregados. E sofreram o dano material por terem arcado com os custos financeiros do curso. E o dano moral, porque ficaram desmolarizados nos seus ambientes de emprego. Destacou o advogado, ressaltando que se esgotou todas as tentativas de diálogo com a Instituição.
O outro lado
A reportagem entrou em contato com um advogado do IESE, mas ele justificou que só se manifestava sobre caso “concreto”. Em relação a situação específica do personal trainer, disse não atuar no caso. A reportagem também ligou para o celular da representante do Instituto, mas caiu direto na caixa de mensagem. O espaço permanece aberto para manifestação das partes citadas na matéria.