O movimento Ocupa UFT cedeu e permitiu a realização de aulas no Campus Cimba, em Araguaína.  A ocupação continua, mas restrita a dois blocos, sem  interferir no funcionamento da Instituição.  Este foi o resultado de uma reunião ocorrida nesta quinta-feira (07) entre a diretoria do Campus e integrantes da ocupação.

Diálago

Com isso, os portões da UFT serão abertos e as aulas serão retomadas a partir desta terça-feira, 08.  De acordo com o diretor do Campus, José Manoel Sanches, essa foi uma vitória do diálogo.

"A ocupação continua, mas agora só nos prédios da ala I e II. Sendo assim, retornaremos às aulas amanhã [terça-feira]. Foi uma vitória do diálogo e do bom senso," disse em seu perfil no Facebook.

Em sua página no Facebook,  Movimento Ocupa UFT informou que entendeu que  ?modo de luta" deveria ser repensado.  "Por isso, viemos a público anunciar a abertura dos portões e retomada das aulas no dia 08/11 às 7h. Porém, sem abrir mão das reivindicações ainda não atendidas pela Reitoria," diz a carta informativa.

Críticas

A ocupação da Universidade também foi alvo de críticas por parte de acadêmicos e professores.  Chegou a surgir até o Movimento Desocupa UFT, com severas críticas à falta de diálogo.

"A Comunidade Acadêmica da UFT CIMBA não tem sua coletividade representada pelos não mais de 40 manifestantes que promovem a ocupação do campus cimba. Não houve diálogo, debate, ou discussão de ideias, ou mesmo qualquer tipo de consulta coletiva ou reunião com as representações estudantis que precedesse a ocupação," critica.

Ocupação

O campus da UFT de Araguaína foi ocupado no último dia 31 por cerca de 40 acadêmicos em protesto contra a PEC 55? aprovada na Câmara dos Deputados como PEC 241. O movimento estendeu faixa de Fora Temer no prédio e defende a queda do governador do Tocantins, Marcelo Miranda.

O movimento afirmou, por meio de comunicado, que não reconhece a legitimidade do Governo Temer. Isso porque não foi eleito pelo ?voto? popular e considera um golpe à democracia brasileira.  Também apoia ?a queda? de Marcelo Miranda, alegando falha na aplicação do Fundeb e falta de pagamento da Data-Base.