O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito para apurar denúncia de cessão de PMs para fazer escolta de familiares de deputados no Tocantins.  A portaria, datada do dia 24, foi publicada nesta quinta-feira (25), no Diário Eletrônico do Órgão.

Segundo o MPE, em 29 de julho deste ano chegou uma denúncia anônima na Promotoria de Justiça de Araguaína com as devidas provas.  Além disso, o MPE cita que às vésperas da eleição o irmão do deputado Olyntho Neto (PSB), Luís Olinto Rotoli Garcia de Oliveira, foi deito pela PF em Araguaína com R$ 500 mil em espécie.

"É de conhecimento público e notório que o irmão do Deputado Estadual Olyntho Neto foi flagrado com enorme quantia de dinheiro sendo escoltado por dois policiais militares." Diz a portaria do MPE.

No momento da abordagem, Luís estava num veículo, uma caminhonete S10,  alugada para a Assembleia Legislativa do Tocantins. E na companhia de dois militares: o 3º sargento da PM, Edilson Ferreira, cedido à AL e do policial Valmir de Moura Rodrigues.

A investigação será conduzida pelo promotor Benedicto de Oliveira Guedes Neto, de Araguaína.  O MPE  vai oficiar os militares  Edilson Ferreira e Militar Valmir de Moura Rodrigues para prestarem esclarecimentos sobre escolta ao irmão do deputado, por ocasião da prisão em 1º de outubro.

O MPE também vai cobrar, por meio de ofício, esclarecimentos  ao Comando Geral da Polícia Militar sobre a existência ou não de PMs para escolta pessoal de membros do legislativo, do executivo e de seus familiares.

Também expedirá Oíicio ao 2º BPM de Araguaína questionando a existência de procedimento para apurar a presença de militar no caso da apreensão do dinheiro com o irmão do candidato Olyntho Neto.

Na época, 1º de outubro, Luís negou que o meio milhão sacado no banco Itaú de Araguaína fosse para usar na campanha de Olyntho Neto. Disse que o dinheiro era uma herança deixada pela avó e que seria usada para comprar gado. Disse ainda que iria guardar o montante no cofre em casa até encontrar os vendedores de gado.

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