
Procurado na manhã desta quinta-feira (22), o médico Luciano Castro, sócio do Hospital Osvaldo Cruz em Palmas, se esquivou de comentar as declarações dadas no final de semana. Em áudio vazado, ele apontou um suposto esquema de propina envolvendo o Plansaúde.
A acusação do médico causou grande repercussão no estado nos últimos dias. Inclusive o deputado Junior Geo propôs uma CPI, mas sem assinatura, abortou a ideia e a AL aprovou a convocação dos responsáveis para dar explicações.
Entretanto, após a grande repercussão, o médico evitou comentar as declarações dadas no final de semana. “Não posso comentar agora porque está em segredo de Justiça”. Declarou Luciano ao AN, sem estender a conversa.
No último final de semana, o médico Luciano Castro, em conversa telefônica com o jornalista Guimarães, fez graves acusações. A conversa, em que ele pede sigilo da fonte, foi vazada e o áudio veio a público causando assim repercussão em todo o Estado.
O médico afirmou ter um suposto esquema de cobrança de propina no percentual de 23% dos prestadores de serviços ao PlanSaúde e cita nomes do alto escalão do Governo do Estado. Desse percentual, segundo o médico, 3% seria para o pagamento do imposto da nota fiscal.
Luciano já foi candidato em Palmas, mas não conseguiu ser vitorioso. A acusação veio a púbico após o seu hospital, o Osvaldo Cruz, deixar de prestar serviços ao PalnSaúde. O caso já está sendo apurado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO) e também foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPE).
O outro lado
Em nota, a Secretaria da Administração (Secad) informou que o Plansaúde encontra-se em um processo de transição e modernização para melhor atender seus usuários. Em relação ao áudio do médico com as acusações, a Secad pediu que o denunciante apresente as provas.
"Frisamos que os denunciantes precisam apresentar as provas à Justiça para que o Governo tenha a condição de utilizar o seu direito do contraditório, caso contrário passam a ser denúncias vazias, de rede social, apenas para tumultuar o processo de organização da gestão do Estado, inclusive do Plansaúde" informou em nota.