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O município de Araguaína, a 383 quilômetros de Palmas, alcançou a marca significativa de um ano e nove meses sem registrar um único crime de feminicídio. O resultado positivo, atingido no último dia 1º de fevereiro, é motivo de muito orgulho e satisfação para a Polícia Civil do Tocantins, em especial para a equipe da 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM - Araguaína), que de forma incansável vem trabalhando no combate e prevenção a crimes contra a vida de mulheres.
A delegada Sarah Lilian, titular da unidade especializada, destaca que o último caso de feminicídio registrado na cidade, ocorreu no dia 1º de maio de 2023. A diminuição nos números dos crimes contra a vida de mulheres além de muito positiva, demonstra o comprometimento da Polícia Civil que, através da 3ª DEAM, tem se empenhado no combate e prevenção desse tipo de crime, por meio de investigações céleres, prisões de agressores e também na promoção de campanhas de conscientização direcionadas a toda a população.
Para efeitos de comparação, no âmbito da DEAM - Araguaína, no ano de 2024, não foi registrado nenhum feminicídio na cidade, ao passo que em todo o Estado do Tocantins, houve 14 crimes dessa natureza. Já no ano de 2023, o Tocantins registrou 17 casos de feminicídios, sendo apenas um em Araguaína. No ano de 2022, o Tocantins registrou 14 feminicídios, sendo dois na cidade.
No ano de 2025, até o presente momento, foram registrados 102 boletins de ocorrência envolvendo a prática de crimes contra as mulheres. Já no ano de 2024, foram registrados 1.001 boletins, ao passo que em 2023, foram 815.
Em sua grande maioria, os crimes contra as mulheres foram solucionados, com os suspeitos indiciados, sendo que muitos dos autores foram julgados e condenados e permanecem presos. Cabe destacar que alguns casos ainda se encontram em aberto, sob investigação, porém com autoria já definida.
Marco no combate à violência
Para a delegada Sarah Lilian, um ano e nove meses sem o registro de um único caso de homicídio em Araguaina, é motivo de muito orgulho para a Polícia Civil do Tocantins.
“Os números alcançados são resultado de muito empenho e dedicação dos policiais civis que integram a 3ª DEAM. A redução dos crimes de feminicídio demonstra o comprometimento com a investigação policial e que nesse longo período, nenhuma mulher teve sua vida ceifada e seus planos interrompidos pela violência. Também sinaliza que estamos no caminho certo para que possamos ser capazes de erradicar não somente os casos de feminicído, mas também todo e qualquer tipo de violência contra as mulheres”, frisou.
A delegada Ana Maria Varjal, também da 3ª DEAM, destaca que o marco merece ser celebrado, pois é o resultado de um esforço constante na busca por uma sociedade em que a mulher não sofra nenhum tipo de violência e possa desfrutar de uma vida digna e próspera.
“Um ano e nove meses sem casos de feminicídio em nossa cidade é um recorde que precisa ser exaltado, pois estamos falando de vidas que não se perderam para a violência. A marca alcançada é fruto de um trabalho incansável que combina ações investigativas e campanhas de conscientização, com um único objetivo, preservar a integridade física, psicológica e a vida de todas as mulheres. Por isso, alcançar essa marca é muito significativo”, pontuou.
Campanhas de conscientização
Na esteira do sucesso das investigações criminais conduzidas pelas equipes da 3ª DEAM, também estão ações de cidadania deflagradas pela unidade especializada, como é o caso do Projeto Fênix, que já está em sua terceira edição e caminha para a 4ª, que ocorrerá no próximo mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher.
A ação promove acesso à informação sobre direitos e oferece diversos serviços de cidadania, que já beneficiaram centenas de mulheres de Araguaína e sempre é realizada em bairros onde há um alto índice de violência contra as mulheres. Além de conhecer seus direitos e tirar dúvidas sobre a legislação, as mulheres têm acesso a atendimentos de saúde, odontologia, psicologia, assistência jurídica e também serviços de beleza.
No mês de março também ocorre, anualmente, a operação Átria e em 2024, as equipes da 3ª DEAM tiveram atuação decisiva, dando ciumprimento a dezenas de mandados de prisão contra investigados por crime de violência doméstica, o que contribuiu de forma significativa para a não ocorrência de feminicídios na cidade.
Outro evento de grande repercussão na cidade e que ajuda no combate à violência contra a mulher é a Caminhada Agosto Lilás, promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Segurança Pública, Tribunal de Justiça e da Prefeitura de Araguaína e coordenada pela DEAM - Araguaína.
O projeto, que já teve duas edições promove a conscientização da população pelo fim da violência contra a mulher e é realizado em alusão ao Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres.