
O CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) de Araguaína emitiu um alerta epidemiológico para o aumento de casos de viroses e síndromes respiratórias graves durante os meses de março, abril e maio. A Influenza, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o Rinovírus estão entre os principais causadores dessas doenças, especialmente em crianças pequenas.
Segundo a secretária da Saúde, Ana Paula Abadia, a vacinação é a principal medida de prevenção para evitar agravamentos e internações. No entanto, até o momento, apenas 69,50% das crianças menores de cinco anos foram vacinadas contra a Influenza. “Pedimos aos pais e responsáveis que vacinem seus filhos para tentarmos controlar essa situação”, afirmou.
Vacinação ativa nas escolas
A vacinação contra a Influenza está disponível em todas as 22 Unidades Básicas de Saúde da cidade. Além disso, segue até o dia 30 de maio a Estratégia de Vacinação nas Escolas, com envio de autorização e cartão de vacinação pelas famílias dos alunos da educação infantil, fundamental e média.
Demanda elevada no PAI
O Pronto Atendimento Infantil (PAI) de Araguaína registrou aumento nos atendimentos: foram 4.370 em março (média de 140 por dia) e 5.220 em abril (média de 174 por dia). Mais de 80% dos casos atendidos estão relacionados a síndromes respiratórias. Apenas na noite do dia 6 de maio, entre 19h e 0h, foram 59 atendimentos — quase metade da média diária para o período.
De acordo com a diretora técnica do PAI e do Hospital Municipal de Araguaína (HMA), Elena Medrado, os casos mais graves envolvem recém-nascidos e lactentes com bronquiolite, exigindo suporte com oxigênio, fisioterapia respiratória e internações em leitos de estabilização, semi-intensiva ou UTI.
Leitos extras e reforço nas equipes
Para atender a alta demanda, o HMA abriu 10 leitos extras de internação pediátrica, manteve cirurgias pediátricas e reforçou o número de profissionais, incluindo um plantonista 24h e a implantação de fisioterapia respiratória contínua no PAI.
Cuidados preventivos
A diretora do CIEVS, Renata Mendes, reforça que comportamentos simples ajudam a evitar a disseminação dos vírus: uso de máscara em locais com aglomeração, higiene frequente das mãos e evitar contato com pessoas com sintomas gripais. “Somadas à vacinação, essas condutas reduzem o risco de infecção e agravamento da doença”, afirmou.