O Novo é o único que abriu mão de recursos do fundo partidário.

É salgada a conta para financiar as atividades dos partidos existentes no Brasil. Nos últimos dez anos (2009 a 2018), o chamado fundo partidário repassou R$ 4,46 bilhões às legendas de diferentes matizes, de esquerda e de direita. Os dados foram obtidos pelo Congresso em Foco em consulta ao site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se acrescentar o valor pago neste ano, R$ 329,97 milhões, a soma sobe para R$ 4,79 bilhões. No entanto, como os repasses são realizados mensalmente, a conta será ainda maior no fim de 2019. Isso sem levar em consideração o dinheiro do fundo eleitoral nas eleições do ano passado, R$ 1,7 bilhão, o que eleva a conta para R$ 6,4 bilhões.

Oficialmente conhecido como Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, a verba repassada aos partidos aumentou ano após ano. Mas a alta mais significativa ocorreu entre 2014 e 2015. Na ocasião, o montante distribuído mais que dobrou: saltou de R$ 308,20 milhões para R$ 811,28 milhões.

ividido em 12 mensalidades, o fundo é composto de duas partes, com a grande maioria originária de dinheiro público: dotações orçamentárias da União e arrecadação de multas e penalidades aplicadas nos termos do Código Eleitoral.

Donos das maiores bancadas na Câmara na última década, o PT, o MDB e o PSDB lideram o ranking de arrecadação. Os petistas faturaram R$ 630,18 milhões, os emedebistas levaram R$ 506,64 milhões e os tucanos ganharam R$ 498,36 milhões.

Entre aqueles aptos a receber o benefício, o Novo é o único que abriu mão de recursos do fundo partidário. Ainda assim, elegeu oito deputados federais no ano passado.