Presidente de bairro do Setor Alto Bonito, Kaik Aparecido Lima
Foto: Reprodução TV Câmara

Mesmo estando fora de pauta, a situação dos moradores do Setor Alto Bonito, democraticamente, voltou a ser tema de debate no plenário da Câmara Municipal durante sessão na tarde da última terça-feira (17).

A convite do vereador Divino Bethânia Júnior, o presidente de bairro, Kaik Aparecido Lima, e a moradora Marisa Gomes fizeram uso da tribuna. Eles insistiram em pedir apoio dos parlamentares, contestando o posicionamento da casa que considera a determinação da justiça em favor da imobiliária ganhadora da causa, uma vez que sequer cabe recurso.

Assunto este que havia sido discutido no último dia 09 de setembro, quando estiveram reunidos com os vereadores na sala da presidência.

Os representantes da comunidade local, no entanto, alegam que vários moradores do setor não têm condições financeiras de pagar as parcelas conforme negociação feita com o dono da área.

"Está transitado em julgado. Não depende do poder legislativo ou do poder executivo. Esses poderes não podem atuar em causa particular. Passou de direito coletivo para direito individual. Não cabe mais recurso. Estão dizendo que tem uma saída, que se o prefeito quiser, resolve, que os vereadores resolvem. Estão mentindo. É mentira”, contestou o vereador Divino Bethânia Júnior.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Marcus Marcelo, fez um alerta aos representantes.

"Cuidado. O movimento é legítimo, é a moradia, é a vida de vocês. Cuidado para que pessoas se fingindo de amigos queiram tirar proveito político de vocês, com o objetivo de denegrir a câmara. Uma vez, que se trata de uma demanda judicial. Para se achar uma solução é preciso trilhar um caminho legal, não existe achismo nessa discussão," finalizou.

Ainda durante a participação dos representantes do Alto Bonito, o presidente, vereador Aldair da Costa Sousa (Gipão), aproveitou a oportunidade para esclarecer a notícia sensacionalista publicada em portais e divulgadas nas redes sociais, colocando que os populares teriam sido impedidos de entrar no parlamento municipal.

"Não é momento para injustiça. Eu fui trucidado quando disseram que a Câmara impediu a entrada dos moradores. A Câmara não impediu, a Câmara atendeu a todos, tanto que nos reunimos na minha sala para debater o assunto. Nós estamos aqui para atender a comunidade," acrescentou Gipão.

O presidente, juntamente com os demais vereadores, colocou-se à disposição da comunidade e ressaltou que as portas da câmara continuam abertas para a população.