
Normalmente, boa parte dos cânceres apresenta maior incidência em públicos específicos, como homens, mulheres, pessoas idosas, obesas, entre outras características fisiológicas e comportamentais.
Mas o câncer de intestino é um tipo que atinge homens e mulheres de forma praticamente igual. E março recebe a cor azul-marinho para chamar atenção aos sinais e perigos da doença.
De acordo com INCA – Instituto Nacional de Câncer, a estimativa de novos casos para este tipo de câncer em 2020 foi de 40.990: 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Durante todo o ano de 2019, 10.191 homens e 10.385 mulheres morreram da doença.
“Esse tipo de câncer é curável na maioria dos casos, mas é preciso detectá-lo precocemente, quando as células tumorais ainda não se espalharam para outros órgãos”, explica o médico oncologista clínico Macilon Nonato, da Oncoradium, centro responsável pelo tratamento do câncer pelo SUS no Hospital Regional de Araguaína (HRA).
“A maior parte desses tumores se inicia a partir de lesões benignas que podem crescer grudadas na parede interna do intestino grosso, chamadas de pólipos, que são lesões pré-cancerígenas”, completa o especialista.
Sinais e Sintomas
Boa parte dos sintomas do câncer de intestino podem ser confundidos com outras enfermidades, como problemas de hemorroidas, úlcera gástrica, verminose e outros.
A doença pode ser assintomática ou se manifestar em quadros mais graves, como obstrução intestinal ou sintomas de doença avançada (perda de peso, dores difusa, falta de ar, etc.)
Mas os sintomas mais frequentes são sangue e/ou alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas), dor ou desconforto abdominal, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e massa (formação de tumor) abdominal.
“O ideal é consultar o médico regularmente a partir dos 45 anos de idade. Quando a doença é descoberta no início, antes dos sintomas, as chances de cura beiram os 95%”, destaca Macilon.
Quando o diagnóstico é feito tardiamente, ou seja, por causa dos sangramentos ou alteração de hábitos, as chances de cura caem para 65%.
Fatores de risco
É preciso estar atento a alguns fatores que aumentam o risco do câncer de intestino surgir.
Pessoas com mais de 50 anos, ou com excesso de peso corporal, não ser adepto da alimentação saudável, ter casos de câncer na família ou sofrer com doenças inflamatórias no intestino estão no grupo de risco.
Melhor método de prevenção
Realização de colonoscopia a partir dos 45 anos
Manter o peso ideal
Não consumir álcool e tabaco
Não ter uma dieta rica em gordura
Praticar exercício físico regular
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito por meio da biópsia, um exame que analisa um pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita a partir de uma colonoscopia.
O tratamento vai depender do tamanho, localização e extensão do tumor. A cirurgia é o procedimento médico mais utilizado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas.
“Quando as células cancerígenas se espalham, com metástases no pulmão, fígado e outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas, por isso é que o diagnóstico precoce é super importante”, alerta o oncologista clínico.
Com informações do Portal Oncoguia