Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos.
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou "excessiva" e "equivocada" a nova alta na taxa Selic, anunciada nesta noite pelo Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa de juros em mais um ponto porcentual, fixando-a em 12,75% ao ano.

Desde março de 2021, a taxa básica de juros tem sido elevada pela autoridade monetária, acumulando mais de 10 pontos percentuais no período. Para a CNI, a taxa anterior, de 11,75%, já era suficiente para garantir uma trajetória de queda da inflação nos próximos meses, uma vez que a alta leva tempo para restringir a atividade e, consequentemente, segurar a alta dos preços.

Este novo aumento da taxa de juros deve comprometer ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Para a indústria, a intensificação do ritmo de aperto da política monetária piora as expectativas para o crescimento econômico em 2022, com efeitos adversos sobre a produção, o consumo e o emprego”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O índice de atividade IBC-Br, calculado pelo Banco Central, de fevereiro, de 2022 está 0,4% abaixo do índice de dezembro de 2021, apontando estagnação da economia.

A CNI avalia que a expectativa de inflação cadente e a trajetória incerta de recuperação da atividade econômica demandam uma política monetária mais moderada e atenta aos desafios de crescimento do Brasil no curto prazo.