Ramila Macedo

A greve dos vigilantes do Tocantins, deflagrada ontem,  deve ser estendida até a próxima semana. A reunião ocorrida nesta sexta-feira (16)  em Palmas (TO) que poderia acabar com a paralisação terminou sem sucesso, conforme o Jornal do Tocantins. Participaram do encontro Sindicato dos Vigilantes do Tocantins (Sintvisto) e Sindicato das Empresas de Segurança Privada, de Transporte de Valores, de Curso de Formação e de Segurança Eletrônica do Estado (Sindesp).

A paralisação dos vigilantes afetou diretamente o atendimento dos bancos a população de todo o estado. Sem a vigilância as agências são proibidas por lei de ficarem abertas. Em Araguaína, o Banco Bradesco já suspendeu até mesmo o autoatendimento nos caixas eletrônicos por medidas de segurança.

Ainda em Araguaína, com a paralização da Guarda de Valores, o serviço de abastecimento e escolta armada para manutenção técnica nos caixas eletrônicos estão suspensos. Segundo apurado pelo Araguaína Notícias,  deve faltar cédulas nos terminais, uma vez que os equipamentos não serão reabastecidos até o fim da greve.

Com a greve, segundo o presidente a Aciara (Associação Comercial e Industrial de Araguaína) os comerciantes enfrentarão dificuldades como a impossibilidade de depósitos. “Também será impossível pagar títulos de valores maiores porque as lotéricas têm limites de recebimento”, reforça o presidente. Há ainda o risco de assaltos já que os comerciantes estão sendo obrigados a reter dinheiro nas lojas.

Os vigilantes pedem reajuste salarial, aumento do ticket de alimentação de R$ 13,50 para R$18,00, implantação de plano de saúde e odontológico e melhorias nas condições de trabalho. Conforme o JTO, o vice-presidente do Sindesp, Joseph Madeira, afirmou que as propostas serão analisadas pelo sindicato em uma reunião que acontecerá na próxima segunda-feira (19). Na terça, também está previsto outra reunião entre os representantes dos sindicatos no Ministério Público do Trabalho.