A 6ª fase da Operação Ápia, deflagrada nesta quarta-feira (13) pela Polícia Federal, ocorreu após o empreiteiro Rossine Ayres Guimarães delatar pagamento de propina. O acordo de delação já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal e três políticos do Tocantins estão na mira da PF: Marcelo Miranda, Dulce Miranda e Carlos Gaguim.
Em Palmas a PF cumpriu mandados de buscas mandados e apreensão na casa de Marcelo Miranda (PMDB). Já em Brasília, os agentes federais estiveram no gabinete da deputada federal, Dulce Miranda (PMDB), que é esposa do Governador do Tocantins.
Segundo o UOL, o movimento no quinto andar do anexo 4 da Câmara, onde fica o gabinete de Dulce Miranda, é calmo, mas a circulação está limitada. Somente funcionários e deputados têm a permissão para entrar no local.
Outro gabinete em Brasília que a PF fez buscas é do deputado federal Carlos Gaguim (Podemos). Conforme o UOL, o acesso ao segundo andar, onde se situa o gabinete de Gaguim, está restrito.
"A sala do parlamentar é uma das mais próximas aos elevadores do hall de entrada e, por isso, há agentes da PF isolando a área. A porta de Gaguim está decorada com uma guirlanda de Natal e conta com um cartaz: Eu amo o Tocantins". Descreve a reportagem.
Segundo a PF, a Operação visa desarticular uma organização criminosa que atuou no Estado de Tocantins corrompendo servidores públicos e agentes políticos. O esquema se dava por meio de fraude em licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em várias rodovias estaduais.
As obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado de Tocantins, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de R$ 1.203.367.668,70 (um bilhão, duzentos e três milhões, trezentos e sessenta e sete mil, seiscentos e sessenta e oito mil, setenta centavos).
Segundo a PF, nesta 6ª fase, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins ? CRT, de propriedade do colaborador Rossine Ayres Guimarães, a integrantes do Núcleo Político investigado. Foram cumpridos mandados nas cidades de Palmas, Araguaína e em Brasília/DF.
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